Willow, esse sim foi uma mãe!!! “Conto infantil” Baseado em fatos reais
Xantipa, a gata siamesa, estava com mais de 9 anos. Idosa, fraca e prenha de mais uma ninhada. E Stellinha, a filha de Dona Clara sempre muito amorosa, defensora dos animais cuidou de Xantipa durante todos os períodos em que esteve esperando seus filhotes. Dando-a, bife de fígado cru com ração, para fortalecer. Afinal foram mais de 30 gestações ao longo de sua vida! E essa mãe heroína, nunca abandonou nenhuma de suas crias. Amamentou a todos os filhotes com amor e carinho. Mas dessa vez, todos estavam muito preocupados. Xantipa estava doente. Cinomose era o nome da doença que a acometera e os veterinários já haviam avisado que talvez ela não desse conta de parir. A menina já com 12 anos e ficando mocinha, cresceu assistindo a esse espetáculo da natureza que é poder acompanhar o crescimento dos animais! E seu maior exemplo de amor às suas crias! Assim também foi com Willow, um dos filhos mais velhos de Xantipa, que de tão manso parecia um gatinho de brinquedo. Carinhoso e muito dócil. Gostava de ficar deitado entre as almofadas do sofá e chegava a ser confundido com um bichinho de pelúcia! Mas dona Clara acreditava fielmente que São Francisco, protetor dos animais, haveria de proteger aquela felina e tudo iria dar certo. E assim foi. Os filhotinhos nasceram lindos, mas muito fraquinhos! Quatro filhotes; dois eram cinza, um pretinho e um rajado de preto e cinza. Nenhum tinha olhos azuis como a mãe, mas um deles era muito parecido com Willow, que era mestiço com angorá. Peludo de rabo grosso. E provavelmente pudesse ter cruzado com a própria mãe. Entre o reino animal não há parentela corporal. O elo de amor que os une vai muito além daqui e do que nossos sentidos possam perceber! E eles já provaram ter mais amor e respeito à suas raças que muitos de nós!
Quando a garota chegou da escola, os filhotes tinham acabado de nascer e Willow estava lá acompanhando tudo de perto. Lambendo os pequenos como se quisesse ajudar a sua mãe. Logo, todos da casa vinham ver os gatinhos e já arrumavam uma caixa de papelão para acomodá-los dentro. A gata, muito magra, já não agüentava mais engolir os alimentos porque tossia muito como se tivesse engasgada e a fraqueza aumentava ainda mais. Até que cinco dias após ter tido a cria, foi encontrada morta no jardim da casa. E os quatro pequenos ficaram todos órfãos! Quem poderia amamentá-los? Mãe e filha, muito chateadas com o ocorrido, tentaram dar um jeito na situação, dando mamadeira para os gatinhos que miavam a noite toda sentindo frio e falta da mãe. Mesmo estando todos eles enroscados num pedaço de cobertor dentro da caixa de papelão.
No outro dia cedo, tão logo amanhecera dona Clara levou-os pra tomar banho de sol. E para sua surpresa, pouco tempo depois, lá estava Willow, junto com os quatro pequeninos, lambendo-os como fazia a sua mãe! Deitou-se, e logo os quatro se aproximaram dele para receber o calor de que tanto estavam sentindo falta. E para surpresa de todos, Willow permitiu que os gatinhos mamassem em seus próprios mamilos que chegaram a sangrar! Ninguém naquela casa estava acreditando no que estavam vendo! Um gato macho, dar de mamar para seus quatro irmãos! Willow teve um sentimento maternal. E pôde assim perceber que aqueles indefesos necessitavam de sugar da raça deles, a energia que lhes faltavam naquele momento, que era muito mais que o leite e o calor, era o amor de mãe!
A boca dos gatinhos e o pelo estavam sujos de sangue e ele miava de dor! Mas permitiu que os gatinhos continuassem mamando! Assim foi por vários dias seguidos! E mesmo a família dando leite para eles na mamadeira, eles não desistiram daquela “mãe macho” sim senhor! E nem Willow os abandonou!!!
Bem, os gatinhos cresceram, robustos e fortes como todos os outros, das crias passadas de Xantipa, que tiveram o leite materno. E foram doados para vizinhos e amigos, que só estavam esperando eles crescerem um pouquinho para levá-los embora. Mas aqueles filhotes, nunca se esqueceram de Willow, que os adotou para sempre. Sempre vinham passear na casa de dona Clara e todos se reuniam no jardim, rolando na grama, brincando e trocando carícias. Uma grande família de felinos felizes! Willow não deu somente o seu amor, ele deu também o seu próprio sangue para sustentar a última cria de sua mãe!
Valleria Gurgel
Xantipa, a gata siamesa, estava com mais de 9 anos. Idosa, fraca e prenha de mais uma ninhada. E Stellinha, a filha de Dona Clara sempre muito amorosa, defensora dos animais cuidou de Xantipa durante todos os períodos em que esteve esperando seus filhotes. Dando-a, bife de fígado cru com ração, para fortalecer. Afinal foram mais de 30 gestações ao longo de sua vida! E essa mãe heroína, nunca abandonou nenhuma de suas crias. Amamentou a todos os filhotes com amor e carinho. Mas dessa vez, todos estavam muito preocupados. Xantipa estava doente. Cinomose era o nome da doença que a acometera e os veterinários já haviam avisado que talvez ela não desse conta de parir. A menina já com 12 anos e ficando mocinha, cresceu assistindo a esse espetáculo da natureza que é poder acompanhar o crescimento dos animais! E seu maior exemplo de amor às suas crias! Assim também foi com Willow, um dos filhos mais velhos de Xantipa, que de tão manso parecia um gatinho de brinquedo. Carinhoso e muito dócil. Gostava de ficar deitado entre as almofadas do sofá e chegava a ser confundido com um bichinho de pelúcia! Mas dona Clara acreditava fielmente que São Francisco, protetor dos animais, haveria de proteger aquela felina e tudo iria dar certo. E assim foi. Os filhotinhos nasceram lindos, mas muito fraquinhos! Quatro filhotes; dois eram cinza, um pretinho e um rajado de preto e cinza. Nenhum tinha olhos azuis como a mãe, mas um deles era muito parecido com Willow, que era mestiço com angorá. Peludo de rabo grosso. E provavelmente pudesse ter cruzado com a própria mãe. Entre o reino animal não há parentela corporal. O elo de amor que os une vai muito além daqui e do que nossos sentidos possam perceber! E eles já provaram ter mais amor e respeito à suas raças que muitos de nós!
Quando a garota chegou da escola, os filhotes tinham acabado de nascer e Willow estava lá acompanhando tudo de perto. Lambendo os pequenos como se quisesse ajudar a sua mãe. Logo, todos da casa vinham ver os gatinhos e já arrumavam uma caixa de papelão para acomodá-los dentro. A gata, muito magra, já não agüentava mais engolir os alimentos porque tossia muito como se tivesse engasgada e a fraqueza aumentava ainda mais. Até que cinco dias após ter tido a cria, foi encontrada morta no jardim da casa. E os quatro pequenos ficaram todos órfãos! Quem poderia amamentá-los? Mãe e filha, muito chateadas com o ocorrido, tentaram dar um jeito na situação, dando mamadeira para os gatinhos que miavam a noite toda sentindo frio e falta da mãe. Mesmo estando todos eles enroscados num pedaço de cobertor dentro da caixa de papelão.
No outro dia cedo, tão logo amanhecera dona Clara levou-os pra tomar banho de sol. E para sua surpresa, pouco tempo depois, lá estava Willow, junto com os quatro pequeninos, lambendo-os como fazia a sua mãe! Deitou-se, e logo os quatro se aproximaram dele para receber o calor de que tanto estavam sentindo falta. E para surpresa de todos, Willow permitiu que os gatinhos mamassem em seus próprios mamilos que chegaram a sangrar! Ninguém naquela casa estava acreditando no que estavam vendo! Um gato macho, dar de mamar para seus quatro irmãos! Willow teve um sentimento maternal. E pôde assim perceber que aqueles indefesos necessitavam de sugar da raça deles, a energia que lhes faltavam naquele momento, que era muito mais que o leite e o calor, era o amor de mãe!
A boca dos gatinhos e o pelo estavam sujos de sangue e ele miava de dor! Mas permitiu que os gatinhos continuassem mamando! Assim foi por vários dias seguidos! E mesmo a família dando leite para eles na mamadeira, eles não desistiram daquela “mãe macho” sim senhor! E nem Willow os abandonou!!!
Bem, os gatinhos cresceram, robustos e fortes como todos os outros, das crias passadas de Xantipa, que tiveram o leite materno. E foram doados para vizinhos e amigos, que só estavam esperando eles crescerem um pouquinho para levá-los embora. Mas aqueles filhotes, nunca se esqueceram de Willow, que os adotou para sempre. Sempre vinham passear na casa de dona Clara e todos se reuniam no jardim, rolando na grama, brincando e trocando carícias. Uma grande família de felinos felizes! Willow não deu somente o seu amor, ele deu também o seu próprio sangue para sustentar a última cria de sua mãe!
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