Então é AMOR
Costas marcadas, mãos calejadas, semblante sereno, expressão mansa e firme, que homem enigmático era aquele? Uma figura assim não poderia ser muito compreendida e muito menos amada, Ele era sem formosura, sem beleza alguma, parecia sofrer grandes dores e sua apatia era como as dos prisioneiros da morte, medo era a palavra certa para descrever meu sentimento diante daquela pessoa que estava em minha frente (Baseado em Isaías 53:1-4).
Chicotadas, gritos, assombros, ainda ouço seus gritos e sua determinação em caminhar naquela direção, lembro que ninguém encontrou nEle crime, suas mãos estavam limpas, mas mesmo assim caminhava firma em direção a morte, a vil morte de cruz, reservada aos piores criminosos (Isaías 53:9).
Durante muitos anos ouvi sua história contada como lenda, por diversas vezes disse: malvados, o mataram, coitado! Uma vez até chorei assistindo o filme de fim de ano intitulado “Paixão de Cristo”. Creio que quem intitulou esse filme não o conhecia bem, porque se o conhecesse jamais teria intitulado de paixão um sentimento que eu chamarei, anos depois daquele dia, de AMOR.
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se produz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.” I Coríntios 13:4-8
Que declaração linda! O amor jamais acaba, o amor suporta tudo, o AMOR, o AMOR. Há! Poderia repetir essa palavra incessantemente: O AMOR, O AMOR, e somente o AMOR é eterno. A paixão acaba com seu devaneio de loucura, a paixão não suporta as ofensas, a paixão não se importa com o próximo, mas apenas com seus próprios interesses! Há, como queria mudar o título daquele filme, mas creio que isso não importa muito, aquelas cenas não representam quem Ele É. Precisei de muitos anos, da enorme benignidade que somente o AMOR tem pra dar, para poder entender qual o significado daquela dia, para entender qual o significado do sacrifício que me trouxe paz.
De joelhos no chão, conversando com meu Amado, construímos um AMOR, que nasceu naquele dia em que Ele mesmo assumiu meu lugar de pecadora, no dia em que Ele morreu por sua noiva e assim mostrou ao mundo que o amor não está nas palavras que uma boca pronuncia, mas na sinceridade de atos que falam confirmando a Palavra, pois no dia em que o AMOR é despertado o próprio VERBO se faz carne. (João 1:1)
Então o AMOR acontece!
Ao meu Amado Jesus, por me ensinar a amar verdadeiramente!