O REI e A PRINCESA "Naíade e o Caçador" - Unfinished (IV)

Dias de subtil solidão baixo o sol do Verão

Iluminando os jardins inundados de flores,

Rosas, orquídeas, acácias, lavanda, dálias,

Vertendo o seu ofegante alento de cores,

Do purpura ao vermelho, do verde ao branco

Na fluente aliança entre elegância e fragrância

A noite envolvendo toda esta síngela beleza

Em seu manto... suavemente e carinhosamente,

Como uma mãe com seu filho em toda delicadeza,

Meus olhos sonhando, se perdem neste encanto

Enquanto te espero, aqui deitada no nosso leito,

Trêmula e carente por ti meu Rei e eterno eleito

Tua sombra desliza entre a escuridão da noite,

Meu coração se enternece, meu corpo estremece

Enquanto os teus olhos me miram com sabedoria,

Essa ciência de quem já viveu com fina maestria

Entre as trilhas e as tristezas desta dura vida,

Vista através dessa tua profundeza adquirida

Sem parar de me olhar, te deitas ao meu lado,

Ternamente tocando e acariciando a minha face,

Tua boca me beijando, abafando o gemido abrasado

Que escapa por entre esses meus lábios resecados,

Mendigos falecendo por o calor e sabor do teu beijo,

E o abrigo dos teus braços me ninando em seu ardor

Tua voz, um murmuro cativante contra o meu ouvido,

Estremece o inteiro do meu corpo que em si desfalece

Entre as tuas mãos que deslizam entre o cetim carmim

Que cobre e molda minha pele nua e que em si tumultua

Por essas tuas carícias delinquentes e teu fulgor ardente

Que em mim usufruí do desejo crescente por o teu amor

Entre olhos obscuros de sofreguidão e vozes roucas de paixão,

" A história de Naíade e do Caçador ficará para amanha..."

Salomé

O Rei e a Princesa "Naíade e o Caçador" (3 1/2)

(História meia acabada)

Salomé
Enviado por Salomé em 19/05/2010
Código do texto: T2267325
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