Alguém Querendo Nascer.(Conto 79)
 
Nunca pensei que passaria novamente por isso: medo, pânico, sensação de estar sendo perseguida, ameaçada, angústia, peso na cabeça e na nuca.
Nossa Senhora!
Fazia muito tempo que eu não sentia tudo isso!
Já senti sim em outras ocasiões, mas pensava que tinha superado, acabado, que não voltaria nunca mais a passar por isso!
 
Começou quando voltei de SanCity e encontrei minha casa invadida por energias pesadas; não conseguia dormir, sentia presenças no meu quarto!
Pedi socorro à Emily, minha terapeuta holística; ela disse que meu filho teria ido a algum local de baixa freqüência vibratória e que tinha trazido tudo isso com ele, mas que já estavam indo embora.
 
Mas não passou não.
Prestei mais atenção e vi que na minha ausência a moça que trabalha aqui trouxe também alguns acompanhantes.
Pedi ajuda às equipes de limpeza e proteção.
Mas continuei angustiada e pesada, acordando de madrugada com sensações muito ruins.
Eu sentia que havia algo errado; a cachorra latindo muito durante a noite; desassossego.
 
Nesse meio tempo minha aluna Juliet me convidou para ir conhecer um local chamado Casa do Reike, dirigido por duas moças, a Christian e a Zizi.
Quando eu me mudei para SanCity, eu doei todos os meus livros, quadros, fitas e cds e a Juliet levou para elas.
E eu ainda não as conhecia.
 
Fomos visitá-las; eu ainda estava pesada, angustiada.
A Christian muito falante; a Zizi mais reservada, muito simpáticas.
A Christian, mesmo sem saber que eu não estava me sentindo bem, me deu um pouco de um pó que tinha vindo de Sai Baba, um Mestre Indiano, e eu coloquei na língua e na nuca.
Depois pensei se deveria ter feito isso, mas eu estava tão mal que pior não poderia ficar!
 
Foi muito bom saber que no dia em que os livros chegaram, elas estavam pensando em fechar o Espaço e tinham pedido aos anjos um sinal se estariam fazendo a coisa certa!
E nesse mesmo dia os materiais que eu doei chegaram!
E então elas sentiram que seria melhor não fecharem o Espaço, e ao invés disso resolveram mudar; foram para uma casa que já era da família e onde não pagariam aluguel e poderiam morar no mesmo local.
Estão instaladas nessa casa, continuaram com o Cantinho até hoje e me agradeceram!
E os livros e fitas estão numa pequena biblioteca onde os alunos podem usufruir!
Que legal!
 
Voltei para casa do mesmo jeito: angustiada.
Aí pensei:
-Malu, você não está percebendo? Deve ser alguém precisando muito de oração!
 
Fui para o meu canto de oração e meditação, rezei, pedi, orei, perguntava quem era, se era homem ou mulher, encarnado ou desencarnado, mas nada ficava claro, não havia resposta, só dor e mal estar.
E me parecia que era eu, que estava em mim!
 
Então fui indo por exclusão:
-É algo ligado a SanCity, minha filha e o namorado?
-Não. (minha cabeça balançava negando)
 
-Então é algo ligado ao meu filho?
Minha cabeça balançou afirmando que sim, era ligado a ele.
 
Então foquei a minha atenção nele, e em tudo que o rodeava.
 
Comecei a ficar mais angustiada; a explicação veio vindo aos poucos: a volta da viagem da praia, a moça com quem ele estava “ficando” e que dizia que não queria me apresentar para que eu não me apegasse, porque era só um namorinho passageiro; o fato de ela ter ficado aqui na loja dele nos dias em que viajamos; quando voltamos ele deixou escapar que tinham iam ao motel naquela mesma tarde.
 
Depois de umas duas semanas, quando eu me aprontava para ir para SanCity no carnaval, ele veio com a novidade que eu quase me tornei avó, pois que a Lilian tinha tido um sangramento estranho; foi ao médico e ele disse que ela tinha tido um aborto espontâneo!
 
Minha nossa Senhora!
Então é isso!
Com todo o meu “conhecimento”, vejam só quanta ignorância espiritual: me limitei a dar uma bronca, dizer que tinham que se proteger, que não é assim, etc, etc.
Cheguei a comentar com a Emily, mas nada mais foi feito.
 
E agora, o que estava eu percebendo?
Que uma pessoa, um ser humano, estava para reencarnar, buscando o ventre da Lilian, mas com todo esse sofrimento, com toda essa angústia!
E isso só poderia gerar um corpo doente, deficiência física, problemas na matéria!
 
Meu Deus! O que fazer?
Nessa hora a dor estava insuportável, uma urgência indescritível!
Eu orava, orava, pedia por Luz, chamei a Chama Violeta, pedi ajuda a todos os Mentores, Anjos, Santos, me lembrei até de Sai Baba e da Seicho –No-Ie.
 
Comecei a entoar uma espécie de Mantra:
Não sou eu quem vivo, é Deus que vive em mim.
Não sou eu quem respira, é Deus que respira em mim
Não sou eu quem pensa, é Deus que pensa em mim
 
E assim por diante, eu ia falando o que vinha na minha mente, até que veio:
Não sou eu quem chora. É Deus que chora em mim!
Aí comecei a chorar e tudo foi se desmanchando.
 
Pedi do fundo do meu coração:
-Meu Deus, se for do nosso merecimento, se for permitido pelas Leis Divinas, que possamos ter mais um tempo para que esse espírito seja trabalhado e curado no astral, para que ele possa reencarnar em melhores condições físicas, nós te pedimos!
 
E então fiz o compromisso interior de orar e trabalhar essas energias de todo o meu coração, pois percebi que um carma muito doloroso estaria vindo e que ainda é tempo de ser amenizado!
 
Estou me sentindo bem melhor, apesar de em momentos como agora ainda sentir um pouco do peso e da angústia.
Tenho fé que com o poder de Deus e da oração, tudo pode ser resolvido pelo Bem e pelo Amor!
Que Assim Seja!
Amém!
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Malu Thana Moraes
Enviado por Malu Thana Moraes em 06/03/2010
Reeditado em 07/03/2010
Código do texto: T2122964
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