Mais Uma Tentativa! (Conto 70)
 
Novamente.
A Ma saiu com o Timmy, foram ao karaokê; divertiram-se.
Na saída ele quis ir comprar droga; ela se recusou; brigaram; ela chegou às três da manhã, chorando:
-Mãe, me ajuda! Me ajuda a não voltar mais com ele! Não quero isso para minha vida!
Eu disse a ela:
-Ma, amanhã eu vou ao centro espírita que a Emily freqüenta. É uma casa de mesa branca, kardecista, mas nas quintas feiras eles atendem as linhas da Umbanda e amanhã eu vou lá. Vai ser minha ultima tentativa.
 
Ela foi dormir chorando, aliás acho que não dormiu.
Agora de manhã ainda está do mesmo jeito, desanimada para ir trabalhar, mas já não mais chorosa e sim nervosa, dura e agressiva.
E tudo isso influi em toda a vida dela, inclusive no trabalho e na prosperidade.
 
Quando escrevo isso já sinto meus braços pesados; sinto a presença do nosso amigo:
 
-Não adianta. Você pode ir onde quiser. Você é que tem que pagar, a culpa é sua. Não vou perdoar você nunca e vou ficar com ela para sempre! Sempre!
 
-Eu sei que deve ter uma estória trágica por trás de toda essa obstinação. Sei que já fui muito cruel, que fiz coisas abomináveis no passado. Mas você também não é nenhum santo. Então porque não podemos parar por aqui? Chega de medir forças, de disputar quem tem mais poderes. Isso não leva a nada. Eu já entendi isso e estou tentando mudar. Nesta vida eu escolhi e escolho todas as manhãs e todas as noites que quero o caminho do Bem, do Amor, da Paz.
 
-E você pensa que é fácil assim? Que é só escolher e ficar em Paz? Doce ilusão! Você tem que pagar olho por olho, dente por dente. Nada fica em debito nas contas do Universo!
 
-Eu sei. Mas pelo amor de Deus, me entenda! Eu posso pagar de outras formas, não é necessário sofrer nem lutar. Eu posso pagar do modo que consigo, fazendo algo em prol de outras pessoas, escrevendo como faço, atendendo em minha escola, ajudando a causa do Bem. Esse é o modo certo de pagar, com serviços.
 
-Você não entende que não quero e não posso e não consigo largar dela? Ela é a minha vida. Sem ela eu vou me desmanchar, não vai sobrar nada de mim. E sem meu ódio, o que terei? Eu vivo do ódio, o ódio me alimenta.
 
Nessa altura ele já está se desmanchando; para ele isso representa morrer; mas na verdade é só um renascimento, um refazer.
Peço aos Anjos que o acolham, que cuidem dele, que o levem para um local de repouso e tratamento.
 
Mas os Anjos me explicam que em casos assim de simbioses tão profundas, é necessário tempo para que sejam desligados os grossos fios energéticos que os ligam. Será necessária uma cirurgia que será marcada e realizada no tempo certo.
 
E eles me orientam para não acreditar nas aparências enganosas do mal: a verdadeira Marília é doce, amorosa e suave e não essa mulher dura e agressiva que por ora está se apresentando.
 
Meus amigos, a minha fé se renova a cada instante!

Continua...
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Malu Thana Moraes
Enviado por Malu Thana Moraes em 25/02/2010
Reeditado em 27/02/2010
Código do texto: T2106815
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