Que cansaço é esse? (Conto 27)
 
Não estou passando bem aqui em SanCity: um nervosismo, uma ansiedade, um tremor interno, que aos poucos está se transformando numa daquelas velhas dores de cabeça que há tempos eu não tinha.
E um cansaço imenso, indescritível.
Aliás, em Las Vegas eu não tinha dores de cabeça, dores nas costas, nada de dores.
 
Hoje de manhã fui para a academia logo cedo, mas estava me sentindo assim: nervosa, meio trêmula, um tanto enjoada, exatamente como estou agora.
Fiz meu alongamento, trinta minutos de esteira (não consegui fazer quarenta!) e os aparelhos para os braços.
Quanto terminei estava melhor.
Voltei para casa, tomei um banho, lavei os cabelos.
 
A Ma tinha me dito que iríamos para o Guarujá tomar um banho de mar, mas nem em casa ela dormiu, quanto mais passear comigo!
Depois do banho, senti de novo aquele cansaço, parecia que não teria forças nem para pegar o elevador e atravessar o estacionamento para ir almoçar no restaurante aqui no mini shopping ao lado do nosso condomínio.
Fui.
 
Passei pela livraria e quem estava lá era Sofia, a mãe da Emily.
Ela logo notou que eu não estava bem:
-Sofia, parece que estou carregando o mundo nos ombros!
 
Almocei o arroz com feijão, farofa e bife da D Vitoria: uma delicia!
Mas o cansaço continuava.
Fui tomar o cafezinho na livraria e falei que era para a Emily me ligar quando ela estivesse la: fui intuída que ela deveria fazer mais uma sessão antes de eu ir embora, para trabalhar a questão da sua femilinidade.
 
Vim para o apartamento e me derrubei no sofá, em baixo do ventilador.
Nossa! Que cansaço é esse?
 
Quando tocou o telefone, era o porteiro do condomínio dando um recado da Emily: ela queria saber o numero do meu telefone!
 
Desci e fui para a livraria. Fomos para o segundo andar, onde ela tem a sala de atendimento, que por sinal já está desativada.
 
Ela me mostrou que havia ligado um gráfico para mim e que os mentores tinham dito que o meu gráfico lá em AraCity estava com problemas: a pedra teria que ser limpa e energizada.
 
A Emily me orientou que eu deveria soltar toda essa energia que não me pertence e que está causando esse cansaço; expliquei que normalmente consigo fazer isso, mas que quando é com os meus filhos já fica mais difícil!
 
Conversamos sobre a Marilia e a dificuldade que eu sinto em conviver com ela; aí então é que fui perceber a causa do cansaço: ontem ela me sugeriu que eu voltasse a morar aqui em SanCity com ela!
Isso me deixou exausta só de imaginar!
Seria como se eu voltasse a morar com o meu falecido marido, o pai dela!
A mesma energia!
 
Nossa, percebendo isso já me senti aliviada!
Sei que a vida está preparando outras soluções muito melhores para as nossas vidas do que essa de voltarmos a morar juntas!
 
Conversamos sobre o namorado da Marilia, o Timmy.
A Emily voltou a afirmar que eles são iguais e complementares e que até é possível que eles se casem!
E assim se resolveria a questão, pois que eles iriam morar na casa dele, com a mãe dele!
Ela teria uma mãe por perto, um marido e quem sabe uns filhinhos!
 
Dizendo assim parece que sou fria e calculista, mas por Deus! Seria a mais perfeita das soluções! E a contento de todos!
 
Não é verdade que eu não goste da minha filha! O que ocorre é que nossas energias são por demais diferentes! E isso provoca choques inevitáveis! E a mais sensível sou eu e sempre levo a pior!
 
Bem, depois começamos a conversar sobre a Emily e sua dificuldade em cobrar pelos atendimentos espirituais que ela realiza.
Expliquei a ela que isso se deve à doutrina espírita, que nos incentiva à caridade e à doação dos nossos dons em beneficio do próximo.
Nada contra.
Apenas precisamos entender que todos os trabalhos são de Deus, inclusive um médico, um psicólogo, um engenheiro, um jardineiro, todos trabalham com suas equipes espirituais, quer saibam disso ou não.

Os mentores do Grande Fraternidade Branca nos incentivam a ser prósperos e afirmam que somos Deuses e que devemos usar nossos poderes para o Amor, o Bem e a Prosperidade.
E que nós que somos conscientes da presença das Equipes nos nossos atendimentos, não somos impedidas de cobrar pelo nosso tempo, pela manutenção do nosso Espaço de trabalho e pela manutenção das nossas vidas.
 
Parece que ela entendeu.
Fizemos então a regressão à infância dela, que foi pobre, mas obrigada a conviver com as crianças ricas: a mãe e o pai dela eram os caseiros da escola particular e os filhos estudavam lá por “cortesia” dos patrões.
 
Foi trabalhada também a adolescência e a questão do corpo físico ter engordado e ela ter perdido a graça e a feminilidade.
 
No final abrimos espaço para a manifestação dos Mentores.
 
Um deles falou conosco, mais ou menos o seguinte:
“Logo vocês terão mais detalhes de todo o planejamento e das ações que deverão ocorrer.
A pessoa que está vindo na vida da nossa amiga Malu terá um importante papel em todo o trabalho que será realizado por vocês.
Não pensem que está tudo parado; ao contrario, estamos trabalhando muito e todas vocês estão sendo muito amparadas e protegidas.
Tudo está se encaminhando como tem que ser.
Fiquem com nosso Amor e com a paz de Deus.”
 
Ficou bem claro para nós através de intuição que o novo parceiro que está chegando vem com uma importante missão: comprar uma fazenda na região de AraCity e que ela será auto-sustentável: água de nascente ou de poço artesiano, energia eólica, plantação de alimentos e criação de aves, peixes e outros animais.
 
E o mais interessante: tanto a Emily como a Maria Helena do Espaço de SanPeter e suas famílias serão abrigadas nesse local, assim como outras pessoas escolhidas pelas Equipes!
 
E isso tudo se dará num futuro bem próximo!
 
Se Deus assim quer, louvado seja Ele!
Amém!

              continua...                
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Malu Thana Moraes
Enviado por Malu Thana Moraes em 04/01/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2010111
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