Sentindo-me invadida.(Conto 13)

 
Na verdade, estou me deixando invadir, bancando demais a mãe, querendo resolver todos os problemas, acudir todas as dificuldades...
Ai que ódio de mim!
Quando é que vou aprender a por para fora, afastar de mim essas responsabilidades que não são mais minhas?
E depois me queixo que estou sendo invadida, desrespeitada, que estão entrando na minha casa, usando o meu banheiro, a minha cozinha!
Claro, eu me atiro querendo resolver os problemas que não são meus!
 
Ontem na meditação da noite, começou a cair a ficha: não quero ninguém entrando na minha casa!
Vou chamar essa moça que está trabalhando com o Armando na loja e explicar:
-Querida, não é nada com você. É entre eu e o meu filho.
Eu já separei as duas casas, a luz, a água, só falta fazer o muro, porque o dinheiro ainda não deu.
Eu tenho que fazer isso, cada um vivendo no seu espaço, na sua energia; somos muito diferentes, apesar de nos amarmos muito; não é bom para mim deixar que a energia dele invada a minha, entende?
 
Ela não vai entender nada, vai achar que sou uma megera, a mãe desnaturada, afastando o pobrezinho do meu filho.
Deixe que pense o que quiser; já mandei trancar a porta de comunicação entre a loja e a minha garagem!
 
E ontem, também na meditação da noite, veio a intuição que agora serão trabalhadas essas personalidades subconscientes: do Armando, o andarilho que não quer que nada seja consertado, que quer viver no meio dos destroços e quer transformar os ambientes em verdadeiros depósitos de lixo; do Jerry, o famoso avarento, nosso já conhecido personagem; da Marília há uma personalidade muito brava, vingativa e raivosa, que ainda não se manifestou.

E eu? Não tenho a minha?
Fica difícil para mim conseguir ver; geralmente essas personalidades subconscientes estão tão misturadas conosco que não conseguimos enxergar; mas eu tenho sim essa medrosa, desistente, fugitiva, que quer sempre abandonar os problemas e fugir deles.

Sempre que aparece uma dificuldade, que a situação aperta, que a Vida me chama para mais um aprendizado, a minha primeira reação é fugir, sair correndo, ir para outro lugar, viajar.
Mas ao invés disso, tenho que entender que esse é o momento de ouro, onde eu tenho que persistir e ficar, não para brigar, não para entrar em conflito, como sempre foi no passado, mas aprendendo a manejar isso de forma mais inteligente.
 
E a forma mais inteligente é a Oração.

Oração é apelar para as forças superiores; é falar com o Eu Superior das pessoas envolvidas; é chamar pela Chama Violeta que dissolve todas as energias pesadas, mágoas, rancores, inimizades, ódios, frustrações.

Depois que você ora e pede a intervenção divina ou seja lá qual for o nome que dás a tuas orações, é só esperar que tudo se resolverá infalivelmente!

Fica com a paz no dia de hoje!

              continua...               

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Malu Thana Moraes
Enviado por Malu Thana Moraes em 16/12/2009
Reeditado em 24/02/2010
Código do texto: T1980878
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