Queixas da vida
Conheci algum tempo atrás uma linda mulher; simpática, alegre, nunca triste com a vida. Seus sonhos e desejos contou-me; confiou-me; confessou-me seus mais íntimos segredos, suas mais belas aventuras. Sentia-se privilegiada de ser minha musa inspiradora nos meus contos sobre o mundo contemporâneo. Sua voz suave como fragrância de rosas excitava-me, deixando-me louco de tesão. Seu corpo macio fazia-me enlouquecer na pureza de um amor fogoso e gostoso. No chamego envolvia-me cada vez mais; lúcido dos prazeres que aquela mulher me proporcionava desfrutei somente de alegrias. Tudo isto foi passado, um passado infindável de recordações. Nosso amor só não deu certo pelo cafajeste que fui, pelas safadezas que cometi, pelas mentiras que alimentei. Arrependo-me das coisas que fiz no passado; o ser humano é imperfeito, por isso, tem o direito de errar. Poderia construir uma família? Seria mais feliz? Teria apenas um amor, e não vários amores perigosos!