A CABÔCA SERTANÊJA...

A CABÔCA SERTANEJA...

Iguarzinha as muié nobre

Qui vivi nas capitá

Tamém nasceu cum a beleza

Pruque lhe é naturá

Só num cunhece os refino

Num usa ticido fino

Veste um vistido de xita

Andando reboculosa

Prefeitamente foimosa

Mudestamente bunita.

Carrega água no pote

Pisa café no pilão

No roçado alimpa o mato

Apranta o mio e o feijão

Na cabeça amarra um pano

E os pé discarço no chão

Num usa brunsiadô

Pruque já é brunsiada

Só pru conta do calor

A sua pele é queimada

Morena cor de canela

Sem ir à praia e nem nada.

Saudave forti e rosada

Se alevanta dimenhã

A pele limpa e corada

Parecendo uma romã

Fogosa namoradeira

Essa cabôca brejêra

Sabe cumpri seu distino

Pega um cabôco animado

Já sabe do resurtado?

É todo ano um menino!!!!

Autor: Carlos Aires

Carpina—31/03/2008

Contatos: poetacarlosaires@hotmail.com

Carlos Aires
Enviado por Carlos Aires em 31/03/2008
Reeditado em 11/09/2009
Código do texto: T925045
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