UM OUTRORA INESQUECIVEL

Farrapos da minha infância

Pelo tempo destroçado

Mas ainda estão guardados

Com toda perseverança

Sempre me vem à lembrança

A minha vida campestre

Onde papai era o mestre

Da escola da minha vida

Cada lição recebida

Aceitava com amor

Sabia o exato valor

Quando ele me aconselhava

Não batia e nem ralhava

Com energia e pudor

Hoje agradeço ao senhor

Por saber tantas verdades

Como doem essas saudades

Do velho pai e professor.

Mamãe minha protetora

Mansa, calma, meiga e pura

Um “doce” de criatura

Só conhecia o amor

Comparo-lhe com uma flor

Na beleza e no perfume

Mas o tempo com ciúme

Daquela felicidade

Cortando sem piedade

Com a faca do destino

Oh! Tempo ingrato assassino!

Malvado, sem sentimento

Ainda choro e lamento

Por essa fatalidade

Morte, a tua maldade

Só me causa sofrimento.

Autor. Carlos Aires

Carpina, PE. 20/03/2008

(81)3622-0948

Carlos Aires
Enviado por Carlos Aires em 23/03/2008
Reeditado em 11/09/2009
Código do texto: T912845
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