O Causo da Terríve Apariçâ de Marte.

Indiada véééia do Recanto das Letra!

Ano passada recebi um emelho que consiguiu me encagaçá todo bota abaxo.

Alertava que até então o pior não houvera sido nada e que o fumegante final dos tempo vinha a galope e o golpe derradero viria com Marte nascendo bem deferente: Cosa por demais de pavorosa! Avermeiado, redondo quiném um tamanco, regulando o tamanho de uma lua cheia! Lavaredas se ergueriam calcinando os campo e não restaria pedra sobre pedra prá contá a história.

Pois eu que sô tão, ou mais analfabeto em matéria de Astronomia do que aquele vevente do sambinha que inté pensava que a lua pindurada no céu fosse um pandero de prata, confesso que fiquei muito imprenssionado! E óia que me criei com o Tio Arzírio falando que o mundo não passava de 75!

Bueno, arresorvi averiguá o femômeno de perto. Sempre uma boa chancha de apreciá o movimento dos astro e sê o premero a saí correndo caso necessário!

Na noite anunciada, ajuntei meu equipamento de observaçã astronômica: Um pelego pro bivaque, chalera, cuia, bomba, erva-mate, caxa de fóscri e uma vela prá esfumaçá a chapa de radio xis de um abreugrafilha de pormão, e, é claro, prá priviní qualqué sobressalto do inconcebíve, o meu "Kit Apocalípse" (uma maleta fedorenta que herdei do Tio Arzírio, contendo os mais deversos apetrechos de esconjuro, dentre os quais um colar de alho porró, daqueles de duas volta, e um extintor de apagá Boi Tatá.)

Ajeitei a tralha na garupa do Ronni Vão e me fui prá riba duma coxilha.

Cheguei, instalei o equipamento, acendi o fogo, aquentei água pro mate e enveredei o olhar no rumo de donde se alevantam os astro.

Não demorô muito, o cenário das estrela se arribando de mansinho no firmamento, a trilha sonora da Orquestra Sapônica...o cansaço do dia bateu e eu caí num sono ferrado.

De repente, um brilho resplandescente reluziu me acordando de um salto, e com estes zóio que um dia a Terra haverá de comê, eu avistei aquele colosso vremeio irrompendo fulguroso nos horizonte!

De fato! Como o anunciado nas Interneta, era do tamanho, até maior que a lua cheia!

A luz de tão intensa e encantada a tudo alumiou fazendo cantar a passarada!

Enquanto isto, ao longe, a fumacinha se erguendo nas chaminé dos rancho do Tercero Distrito anunciava, normal com sempre houvera sido, o início de mais um dia de lide...

Bueno, devagarito vortei prá vila, me rindo de sastifaçã!

Afinal, eu não era o dos pior em questã de Astronomia.

Tem muito índio BEM mais nó cego nas Interneta que não sabe a deferença entre Marte e o nosso bom e véio Sol.

Steve Johnson de Almeida
Enviado por Steve Johnson de Almeida em 15/03/2008
Código do texto: T901575