PERFUMANDO O POÇO (humor sensual)
Cansada de mostrar força bruta perante homens, que lhe viam apenas como frágil e dependente, Mia colheu várias cilíndricas lavandas de sua plantação. Terras estas, com as quais sustentava a sua grande família e, jogou dentro d'um poço quase seco, os coníferos falos roxos. Só para deixar o praticamente morto poço, perfumado.
Talvez perguntem o porquê disso, mas, Mia era filha de Norminha e Olav Del, tinha cinco filhos Dine, Mardi, Verdi e Anton, seu marido Chico, suas irmãs Luiza e Flör, o irmão se chamava Aldrin e era viúvo, o filho bastardo dele Eustáquio, era amado demais. Além de ter velhos empregados no velho castelo, queridos demais, para serem abandonados, Moa, Lav, Arn, Júlia, Zéd, Lúcia e Elie. A história tatuada nas paredes daquele castelo, tinha o DNA deles impregnado nas altas paredes, nos campos e nos poços, mereciam todas as honras.
Continuam sem saber o porquê do sensual, não é?
Calma 👐
Cada vez que Mia ia até a cidade, bastava passar perto de algum homem, que ouvia constantemente, coitada, pobrezinha, que casamento tosco...a pobre precisa trabalhar...se precisar de um homem forte, é só chamar.
Às vezes ela era seguida e, falavam palavras obscenas, de baixo calão. O respeito em relação à passagem dela, só não afetava o corpo dela, pois ela nunca foi tocada.
Homens incapazes de valorizar o seu labor agro, no cultivo, cuidado, trato e comercialização. O marido Chico era um pensador, um filósofo, a terra para ele fazia parte do patrimônio e, a família era grande, não precisavam dele, tinha muita gente pra trabalhar.
O Padre Jacó, sempre visitava o castelo, tentava por juízo na cabeça Chico e, também de Eustáquio, o bastardinho amado, que ao contrário do pai Aldrin tão trabalhador, preferia viajar nos pensamentos e devaneios do tio Chico, um pensador preguiçoso na verdade. O Padre Jacó, junto com a irmã mais velha Estherzinha, que lhe ajudava na rotina abnegada da igreja, tentavam a todo custo, colocar os sapatos da realidade, em Chico e Eustáquio. Caso contrário a rotina do dia a dia, acabava pesando um pouco mais, sobre a cruz de Mia, grande mulher, trabalhadora, agregadora, familia pura e generosa.
Mia para Chico era menos importante do que um livro, só servia para olhar a capa, nunca para ser folheado, nada de invadir com emoções tampouco, sorver o prazer da leitura. Mia andava cansada. Ficava com os falos cilíndricos de lavanda nas mãos, o perfume gostoso, acalmava a sua libido, mas, só acalmava.
O poço quase seco, vivia recebendo ramos de lavanda, quem sabe vingava um pé no poço 😂😅 os pensamentos de Mia tolamente, sorriam. Mas, a sua filha Dine por algum motivo, que ela desconhecia, tinha prendido na trave do balde, do tal poço quase seco, onde Mia jogava lavandas, uma escada feita de cordas trançadas...um dia a mãe descobriu o porquê...
Era uma tarde fresca, Mia estava no lá e cá na plantação, a família nos afazeres também, exceto Chico pensante e bastardinho amado Eustáquio, que olhavam placidamente o mar arroxeado e ondulante das lavandas. Eles não tinham jeito mesmo.
Aldrin, Julia e Elie, pediram à Mia, se ela podia trazer a escada de corda, que Dine tinha prendido no poço quase seco, com as lavandas jogadas de Mia, ela confirmou que iria pegar.
Foi andando calmamente, a tarde estava deliciosa, quando de repente ouve gemidos...meio lascívos vindo de dentro do poço. Foi seguindo o som sem fazer ruído e, espia...encontrando Dine se 'satisfazendo' sexualmente, finalizando num suspiro e, logo depois esfregando com força, falos cilíndricos de lavanda nas roupas e nas mãos. Quando deu de cara com o rosto da mãe, travou um grito, ruborizando 🥴 bastante. Nada poderia desfazer a cena que a mãe silenciosamente observara.
Dine ameaçava um choro, mas, Mia ajudou a filha a subir a escada de cordas trançadas, a abraçou e, apenas perguntou
- o seu marido trabalha muito, mas, não anda dando conta... é isso filha?
Dine responde
- não mãe...eu é que sou mais 'faminta' do que ele, que amo tanto
Mia conclui
- querida, amo o seu pai, mas, nós duas, vamos nos apoiar um pouco mais...por assim dizer.
O caminho de volta à plantação, seguiu a sua trilha perfumada, por onde mãe e filha, foram recolhendo cordas e cipós pelo caminho, para a confecção conjunta de uma nova escada de cordas trançadas.
Nada como compartilhar separadamente com vigia, um poço meio seco perfumado com lavandas, huumm!