ARDE, CURA, APERTA E...SEGURA (recantistas vão se achar quentes por aqui)

 

A Casa Chama, desculpa perfeita pra um grupo de safados, casados, borbulhantes, nas loucuras submundas das sextas.

 

A casa chama era um resposta, pra sair com classe pra outro lugar, para os que ouviam, a responsabilidade do lar clamava atenção...bando de tolos!

 

Jô Pessanha, Moacir Rodrigues, Takinho e Joel de Sá, gente boa, com excelente núcleo familiar, depois da terceira rodada de canecas de vinho tinto, fingiram que haviam recebido uma mensagem das esposas e falaram 

- Boa noitinha amigos, o happy hour finda por aqui, porque a casa chama!

 

Obs: Se despediram com carinho dos amigos no bar e, foram pra 'Casa Chama' onde as beldades das noites vadias e sem lei, os aguardava.

 

O local era muito bem frequentado, principalmente por ficar localizado, ao lado dos Hotéis - Cêquisabe' e 'Qualquer Lugar', óbvio que eram considerados desculpas mais do que perfeitas, para as fugidinhas dos maridos 'fiéis'...SQN...como dizem os jovens nas redes sociais.

 

Os já meio ébrios amigos, pagaram a entrada, lá dentro apenas petiscos e bebidas seriam cobrados, as meninas e mulheres que acendiam a clientela, já estavam inclusas no valor da entrada...os homens adoravam toda esta variedade e capitulação.

 

Cigarros e charutos e também, umas outras 'fumacinhas de apertar',  lá estavam meio que liberadas...afinal Olavo, o concierge, arrumava as 'ilegais'  pra quem pagasse muuuuiito bem. Já o prazer ninguém pra segurar. 

 

Sentadas ou recostadas, sobre enormes almofadas vermelhas e douradas, as beldades que acendiam as chamas, se vestiam com elegância e sensualidade, sendo a transparência, o Boom! da criatividade.

 

Roupas com recortes e vazados muito bem estudados, maquiagem elaborada e instigante, mas, somente as bocas carnudas eram bem acentuadas.

 

Cenário imaginado para Deuses e servos cheios d'água na boca, poros arrepiados e desejos indomáveis. Quando o relógio de parede badalava 23h00 de cada sexta-feira, o lugar ficava quase vazio. A casa de cada um, chama na mente de verdade.

 

A Senhora Cristina, dona do lugar, manda servir taças de champanhe e, aguarda a escolha das 'meninas'.

 

Jô Pessanha, sempre que aparecia por lá, escolhia Aila e Belle para instiga-lo, mas, no leito, elas apenas ornavam. Roberta a negra linda e sensualíssima e que arriava os seus quatro pneus, atordoava todos seus sentidos e, todo custo envolvido nisso, valia cada suspiro de prazer, ela era incrível!

 

Pontuando o Joel de Sá, ele era mais tímido, escolhia apenas Lumah, vestida com transparências e, véu sobre os olhos cor de mel, mulher muito delicada, bastando um olhar da moça, para excita-lo.

 

Lá vamos nós para falar, sobre e os gulosos Takinho e Moacir, que se abastecendo de garrafas de vinho, arrastavam com eles cinco ou seis moças, de raças diferentes, corpos esbeltos e rechonchudos, só queriam prazer, prazer e gandaia. Lúcia, Flör dö Mär, Luna Mia, Norma, Ana e Mary, tiveram o seu momento teatral erótico naquela sexta.

 

Depois de tudo, duvido muito que os digníssimos amores do lar, não percebessem onde os bagunceiros tinham cometido loucuras. Creio que as famílias estavam bem abastecidas de amor, alimento e carinho, sem dívidas, muito bem cuidadas, só assim os amados e amadas, fechavam os olhos para essas peraltices de alcova.

 

Ah! Esses moços, pobres moços...se soubessem o que eu sei...como diz a música - Esses Moços, do nosso saudoso Lupcínio Rodrigues.

Em tempos  Olimpícos, poderemos dizer...

C'est la Vie!

 

 

 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 26/07/2024
Reeditado em 26/07/2024
Código do texto: T8115335
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