DIA DAS MÃES
Era uma vez um jovem chamado Luiz, que infelizmente havia perdido seus pais muito cedo. Todos os anos, quando se aproximava o Dia das Mães, Luiz se entristecia, pois as festinhas organizadas na escola para homenagear as mães o faziam lembrar da falta que sentia da sua. Para ele, o Dia das Mães era um dos piores dias do ano.
Certo ano, Luiz estava particularmente abatido. Ele não podia faltar à aula por causa de uma prova importante, e no final do dia haveria a comemoração do Dia das Mães na escola. Ali, melancólico e triste, Luiz pensava:
"- Hoje será mais um dia de tortura". De repente, uma mulher se aproximou e todos na escola pensaram que era a mãe de Luiz. Ela tinha os traços dele, o olhar, o cabelo e até o nariz grande. Os olhos de Luiz se arregalaram, e lacrimejando de emoção ele mal conseguiu se expressar. Era a irmã de Luiz. Essa mulher não só participou da comemoração naquele dia, mas também esteve presente em todos os momentos em que Luiz precisou. Ela cuidava dele, apoiava e acompanhava todas as suas conquistas.
Mais de 30 anos se passaram desde a morte da mãe de Luiz, mas essa mulher continuou fazendo um papel de mãe. Quando ele conquistou seu emprego dos sonhos, lá ela estava. Quando lançou seu primeiro livro e fez seu primeiro show, ela estava lá também. E quando se casou, ela sentiu a necessidade de estar presente para ampará-lo. Talvez ela tenha pensado que, quando Luiz perdeu sua mãe e ainda era apenas uma criança, era seu dever estar presente como uma irmã-mãe.
E assim, essa mulher especial se tornou a mãe que Luiz sempre precisou e amou. Ela o acompanhou em todas as fases da vida, sempre demonstrando amor incondicional e apoio.
E foi assim que Luiz aprendeu que o amor de uma mãe pode se manifestar de diferentes formas e em pessoas que surgem em nossas vidas nos momentos em que mais precisamos.
Jonathas Oliveira
Uma homenagem a todos os órfãs de mãe, que são amparados por alguém.