As 7 Crianças Neocatecumenais: o Médium
Enquanto o irmão, André, apontava o estilingue para o passaro, Vitor virou o rosto para não ver, ele era bem sensível e só acompanhou André para não ficar sozinho em casa.
Quando André esticou a arma, tinha certeza que o pássaro estava na mira. Seria um tiro certeiro, a ave com certeza não escaparia.
Só que no momento de atirar, um bicho, uma catengue, passou pelos pés de André, fazendo-o errar o alvo, com que esse se espantasse.
André ficou irritado, já Vitor esboçou uma alegria, pois sentia que a caça não era nobre, uma vez que os pais nunca deixou faltar nada em casa.
- Não quero mais caçar. Vamos para casa, Vitor. - essa era a decisão de André
- Sim. Vamos! - respondeu Vitor que ainda torcia para que nenhuma ave aparecesse
André entregou o estilingue a Vitor. Dava por encerrado o dia, as aves não apareciam, o bicho que passou pelos seus pés considerou como um sinal de que deveria evitar caçar no momento.
Passando por um pé de cajueiro, uma largata de fogo caiu dentro da caminha de André, ele logo sentiu a pele queimar. Tirou a camisa e viu o inseto.
- Vamos rápido para casa, Vitor. Preciso que você passe pomada no local.
André acelerou na frente e Vitor seguia acelerado logo atrás. O objetivo era chegar o mais breve possível. Para tratar da queimadura. Fazer com que a situação não se agravasse.
Não caminharam muito para chegarem à residência. Ela ficava uns vinte minutos da roça onde estavam.
Para surpresa, os pais haviam chegado da lida. O pai deles, senhor Argelino, também tinha queimaduras feitas por largatas de fogo.
Ao ver a situação do irmão e do pai, Vitor apenas disse:
- Vocês tem as costas quentes mesmo.