O Escritor, O Remédio, O Banheiro e O Curandeiro
A claridade do dia tomava conta do rosto de Vanio. O iluminava numa intensidade que fazia-o brilhar.
Vendo que não podia ficar muito tempo distraído com o fenômeno, Vanio começou a andar em direção ao seu destino, a casa do curandeiro do bairro.
Ele queria um remédio natural para dor de cabeça, pois precisava escrever um livro e as dores não davam sossego. Não tinha tempo de ir ao médico, visto que era domingo e no hospital só se atendia emergência.
Ao ver o murro da casa do curandeiro, Vanio deu um suspiro de alívio, mas ainda faltava saber se o curandeiro encontrava-se em casa.
De frente ao portão, Vanio chamou:
- Oh de casa! Oh de casa!
Segundos depois uma voz lá de dentro da casa respondeu:
- Estou indo. Quem é?
Vanio então parou de chamar. Quando o curandeiro abriu o portão. Perguntou:
- Boa tarde. Em que posso ajudá-lo?
- Sou escritor, e preciso de um remédio para dor de cabeça.
- Tudo bem. Eu tenho. Mas preciso que faça algo para mim. - o curandeiro fazia uma cara de mistério
- Pode dizer o que é. - para Vanio, aquilo era muito natural
- Preciso que desentupa minha privada. - o curandeiro estava feliz com o desafio
- Bem... eu posso tentar. - Vanio agora parecia preocupado
- Entre, entre. Vamos até o banheiro. - o curandeiro tomou a dianteira e levou Vanio até o local
No banheiro, Vanio pegou o desentupidor e logo tinha terminado o serviço de desentupir. Contente, o curandeiro deu o remédio para dor de cabeça a Vanio e não cobrou nada.
Em casa, Vanio tomou o remédio e como por milagre, depois de uns vinte minutos já estava novamente escrevendo o livro.
Quando recebeu o lote de livros da editora, foi à casa do curandeiro e deu um livro de presente.