O Dizer dos Velhos Sábios e Acadêmicos
Pedro sentando em sua cadeira na sala de aula, não tirava os olhos do trecho de uma obra literária de Jorge Amado escrito no quadro. A fascinação tomava conta dele.
Notando o extremo interesse de Pedro, o professor Fabio foi até a cadeira onde aquele estava.
- Vejo que gostou do trecho da obra de Jorge Amado. - na face de Fabio se revelava um sorriso
- Sim. Eu tento escrever e achei inspirador o trecho.
O professor Fabio pegou o caderno de Pedro, vendo as anotações. Podia-se nota que realmente havia um grande interesse do jovem.
- Onde você publica os seus textos?
- Em um site de escritores amadores e profissionais. Uso a internet do infocentro da prefeitura. - Pedro encolheu-se um pouco
- Também pude perceber que é o único que não traz lance.
- Minha familia não tem condições. - um semblante de tristeza pairava-se sobre Pedro
Fabio devolveu o caderno a Pedro, logo em seguida, o sinal tocou. Sem muita demora, todos os estudantes partiram para o pátio. Quando o estudande Pedro ia saindo, já chegando na porta, o professor o chamou.
- Tome estes vinte reais, é para comprar lance.
- Eu aceito, mas se for para comprar e-books de escrita na amazon. - aquilo parecia justo para Pedro, se era para ajudar, que fosse em algo que ele gostasse
- Tudo bem.
Pedro então pegou o dinheiro, colocou no bolso traseiro, depois foi para o pátio. Enquanto ele andava, o professor olhava-o admirado.
Quase todos os estudantes tinham comprado lances. Quem vendia era um velho senhor, conhecido por Zezinho.
- Ei, venha aqui. - disse seu Zezinho
Pedro indo até ele, percebeu que o velho tirava um embrulho dentre as sacolas de lances.
De frente a seu Zezinho, quando recebeu, Pedro viu que era um misto.
- É para você. Sou um admirador dos seus textos. - Seu Zezinho pegou um copo, colocou suco e deu a Pedro
- Obrigado. - essa foi a resposta dada pelo jovem
Quando Pedro olhou para traz, quase tombou no professor Fabio.
Pedro pediu desculpas e saiu. Fabio e Zezinho entraram em uma conversa sobre Pedro, que terminou no seguinte diálogo.
- É inspirada no sofrimento que se cria as melhores obras. - disse Seu Zezinho
- São inspiradas no sofrimento que criam-se as melhores obras. - repetiu professor Fabio