Pai Ausente em Escola Pública Conservadora
Lipe tinha uma festinha da escola para ir, mas no convite, pedia que viesse acompanhado dos pais, já que apesar de publica, a escola de Lipe, tratava-se de uma escola conservadora.
Quando Lipe entregou o convite a mãe. Ela se retirou e foi para o quarto. Lá sentou e começou a chorar. A muito que o pai de Lipe não mantinha contato, apenas depositava o dinheiro da pensão.
Vendo que a mãe demorava, Lipe seguiu em direção ao quarto. Quando chegou, deparou-se com o choro da mãe.
- O que foi mãe? - perguntou Lipe
- Seu pai, Lipe. Faz tempo que não tenho contato com ele. - a mãe respondia ainda com lágrimas no rosto
- Não se preocupe, eu nem queria ir nessa festa mesmo. - Lipe se aproximou para abraçar a mãe
- Meu filho, eu vou tentar encontrá-lo. - Ela colocou o convite no bolso - Agora vá fazer as tarefas que vou entrar em contato com algumas pessoas
Lipe partiu para sala, pegou a mochila. Abriu, conferiu e viu que tinha uma tarefa de ciências para fazer.
Nisso seguiu para o quarto, pois mesmo sendo pobres, Lipe e a mãe, D. Odete, moravam em uma casa classe média, cedida pelo pai do garoto.
Quando começou a responder as questões, percebeu que a mãe o observava, que ela ficou alguns minutos observando.
Quando ela saiu, foi quando ele terminou a tarefa. Indo mostrar para D. Odete, que estava com o celular ligando para pessoas próximas ao pai de Lipe. Felizmente ela conseguiu o contato e tratou de apresentar o fato.
- Lipe. Venha aqui. Fale com seu pai sobre o convite da escola. - D. Odete erguia o celular para Lipe
- Oi pai. - Disse Lipe
- Oi campeão. Tudo bem? - O pai de Lipe parecia muito animado
- Tudo. Mas queria saber se o senho não vem na minha festinha? - Lipe falava com um pouco de receio
- Oh filhão. Não vai dar.
- Por que pai? O senhor não gosta de mim? - A tristeza em Lipe fazia com que seus olhos enchesse de água
- Não é isso filho. É muito trabalho... espere, daqui a pouco retorno.
Vendo que o pai havia desligado. Lipe entregou o celular a mãe. Ela o pegou e viu que o pai de Lipe havia desligado.
- O que ele disse? - Perguntou a mãe
- Que esperasse.
- Então vamos esperar.
Depois de uns dez minutos o pai de Lipe voltou a ligar.
- Campeão. Resolvi o problema. Meu irmão Alex, seu tio. Vai no meu lugar. Tudo bem?
- Já que não pode ir, tudo bem. - Lipe então esboçou um sorriso.
- Estamos certos. Agora tenho que ir para o escritório.
D. Odete ainda conversou um pouco com o pai de Lipe, porém assunto sem muito aprofundamento. Quando desligou, se sentiu mais tranquila.
Chegado o dia da festa, a escola pública conservadora aceitou o tio de Lipe, Alex, e toda a família pode curtir o evento.