Aquela Cadeira Velha
Depois de quase duas décadas num colégio religioso interno, Gio, com 19 anos, retornou a casa de seus pais. Seus sentimentos eram confusos, um misto de alegria e dor.
Ao descer do uber, Gio, viu o pai, Tiago, vir ao seu encontro, com um sorriso no rosto. Quando se aproximou, pegou duas malas e seguiu para dentro de casa, o filho, levava a que tinha sobrado.
A mãe, dona Hellen, ao ouvir Tiago, questionando para si mesma que tinha chegado, largou os pratos que lavava, foi à sala e emocionada abraçou o filho.
- Meu filho, que alegria em recebê-lo. - Hellen colocou a mão na boca
- Não pretendo ficar muito tempo. Tenho planos de continuar na capital, não mais como interno, e sim como universitário e trabalhador. - Gio falou como se tivesse recentido com a mãe
- Vou levar essas mala para o quarto enquanto conversam. - Tiago estava meu inibido
Gio sentou-se no sofá. Hellen sentou-se ao seu lado fazendo um cafuné nos cabelos dele.
- Giozinho, não sabe o quanto lutei para tirá-lo daquele internato. - as mão de Hellen acariciavam o rosto de Gio
- Por que não respondiam as minhas cartas? - Gio segurou as mão de Hellen
- Seu avô, impedia.
Levantando-se Gio pegou a mala.
- Onde fica o quarto que me abrigarei?
- Depois da cozinha. - Hellen parecia triste
Gio seguiu em direção ao quarto. Na cozinha, notou que tinha ainda bastante louças para lavar.
Dentro do quarto, observou Tiago tentando arrumar as roupas no armário.
- Com lincensa. - pediu Gio - Deixe que eu faço isso. A mãe está precisando de ajuda com as louças. O senhor não a ajuda?
- Nem sempre. Só as vezes.
Saindo do quarto, Tiago fechou a porta.
Fitando uma cadeira de balanço, Gio deitou-se na cama, adormencendo e esquecendo o banho.
Tiago foi falar com Hellen que ainda estava no sofá da sala, triste e pensativa.
- Nosso filho está lindo. - disse Tiago em grande alegria
- Sim, mas parece aborrecido comigo.
- Não se preocupe. Isso vai passar.
Levantando-se, Hellen passou a mão no rosto.
- Eu lavo a louça. Tome um banho. Precisamos nos preparar para curtir nosso filho. - Tiago seguiu em direção a cozinha
Hellen foi para o quarto do casal. Ao abri a porta, lembrou dos pais e chorou. Depois pegou as roupas, a toalha e foi para o balheiro. Onde começou seu banho.
No quarto, Gio acordou, planejando tirar a cadeira de balanço de lá.
Quando ia saindo com a cadeira, seu pai e repreendeu.
- Por favor, filho. A deixe onde estava. É a única lembrança de seus avós maternos.