PRA QUE SERVE A LEITURA?

*"Enquanto os homens fazem guerra, eu bebo leite e faço amor"*

Esse pensamento acima apresentado nesse conto, é de um poeta de ruas que nos anos 80 fazia pixações pelos muros da cidade de Sao Paulo, (provocando reações adversas, ou sendo admiradas por transeuntes como eu) Frases de muros e outras tantas lidas, sempre me chamaram a atenção, despertando no meu raciocínio novos aprendizados aos quais guardo com muito carinho.

Utilizei essas palavras na minha música *GUERRA DE AMOR*, que teve os arranjos assinados pelo saudoso Maestro Vidal França, que se encantou com a música, e eu com os seus arranjos.

Hoje, ao assistir ou ouvir falar do comportamento do Presidente da Russia o Sr. Putin, creio que tanto o poeta (dono das palavras acima citadas) quanto eu, estamos cobertos de razão para escrever, dizer e cantar: *Enquanto os homens fazem guerra, eu bebo leite e faço amor" pois expressa esse sentir de tentar entender o porque dessas atitudes que norteia a vida humana desde o surgir dos tempos.

Outra frase que guardo até hoje em minha mente, eu li quando passava em frente ao teatro Paulo Eiró, (também na capital paulista, mais precisamente na Avenida Adolfo Pinheiro), onde ainda hoje pode ser lido um dos trechos do seu poema, cujo titulo da obra chama-se: SOBRADO.

Narrado numa memória de tempos idos de lembranças de amores de sentimento saudosos, que, utilizando sua inspiração, converge as letras nessa doce poesia, onde temos grafadas as palavras que em mim ficaram imortalizadas numa dessas minhas leituras, ao passar pelo referido teatro onde o poeta empresta o seu nome e lá podem ser lido os seus dizeres:

*"O homem sonha monumentos e só ruínas semeia"*

Eu sempre me vejo pensando nessas palavras e sinto a desconstrução humana, envolvida dos menores aos maiores gestos praticados por estes que agem com naturalidade, nutrindo os seus feitos sem ater-se às consequências e/ou cobranças que o futuro lhe trará.

E aqui, para registrar os ditos de um outro poeta, que tive o prazer em conhece-lo, numa dessas minhas idas pelo mundo passando pela chamada VENEZA BRASILEIRA, que é Recife.

Faz-me lembrar com saudades um dos seus poemas onde ele escreveu assim:

*"Janela de ônibus é danado pra butar a gente pra pensar"* . Poeta Miró da Muribeca.

Pois foi através dessas mesmas janelas citadas por ele, que eu tive o privilégio de armazenar na mente, essas frases que com todo carinho passo a apreciação dos vossos olhos, mentes, corações e sentimentos.

Meus olhos estão atentos a tudo que olho, que vejo e que leio. Devo isso ao meu trilhar literário e as letras que quando se juntam, traduzem palavras que nos acompanharão por todo nosso existir.

Sendo assim, posso afirmar que: ATÉ O FIM DO MEU EXISTIR ESTAREI LENDO E ABSORVENDO TUDO AQUILO QUE ENRIQUEÇA O MEU SABER E ENALTECA O MEU APRENDIZADO.

Carlos Silva

Cipó-BA - Nordeste - Brasil.