Abacateiro
Um belo dia ao ir no supermercado resolvi comprar entre outras coisas um abacate que me chamou muito atenção. Ele era enorme e apesar dos meus avantajados anos nunca tinha visto um igual. Pois bem, o problema é que morando em apartamento nâo poderia querer plantar o seu caroço lá e outra como criaria raiz.
Só que ao abrir o 🥑 abacate gigante vi que estava com enormes raízes. O que eu fiz foi hilário, peguei o caroço com muito cuidado e plantei na casa de uma parente. Eu visito minha parente todos os fins de semana e fiquei a visitar a parente e o abacateiro que demorou a aparecer.
Um belo dia ele começou a dar o ar da sua graça e com o tempo eu o vi tamanho de uma criança de nove meses. Continuei a visitar aos sábados a parente e o abacateiro que crescia entre outras plantas.
Um dia ao chegar não encontrei o abacateiro e fiquei muito nervosa e procurei logo saber onde ele estava. Disseram que deram para um vizinho pois por certo ele iria crescer muito e ali não queriam. Não me conformei e reclamei tanto que o povo ja estava chateado, fui atrás do vizinho e perguntei do abacateiro. Ele disse que não sabia de abacateiro algum, que não teria chegado até ele essa planta. Logo descobri que o encarregado de entregar a planta colocou-a num canto, no chão deixada a sorte. Ao ser encontrada pelo vizinho após eu falar ela foi plantada no quintal dele, ele ficou de me devolver. Mas a proprietária da casa disse que não queria o abacateiro ali e assim eu fui comunicada que aquele ser vivo estava mais uma vez sem destino e em estado de coma a perder todas as suas folhas. Mais que depresa pedi que me entregasse que eu tentaria cuidar da recuperação dele.
Hoje ele está em meu apartamento só os talos. Ainda vive. Só não sei como será o futuro dele. Prometo contar. Todo dia faço um carinho nesses talos e converso com ele pedindo que reaja. Uma vida que sofreu muito como qualquer outro ser existente que senão tiver carinho e o necessário para viver sucumbe. Lamentavelmente apesar da grande luta para recuperá-lo, sucumbiu.
