Dividindo a Mortadela
O dia estava nublado, parecia que a qualquer momento choveria. Prevenido com seu guarda-chuva, aproximava-se do banco da praça onde eu estava sentado, meu primo José.
- Oi primo Valter. Tudo bem? - José me cumprimentou alegremente.
- Sim. Vim a praça vê os pombos. E você? - falei com cara de quem não tinha muita paciência para conversas.
- Sai para comprar mortadela para colocar nos pães. - a fala de José parecia sugestiva, mas não liguei.- Bem, vou seguir caminho primo.
José acenou-me e seguiu para o supermercado. Eu fiquei observando até ele sumir, o que demorou apenas uns minutos.
Quando não mais o avistava, levantei-me e partir para casa. No portão lembrei que também tinha uns pães que estavam dormidos, porém ficariam muito bons na chapa com umas fatias de mortadela. Assim não entrei e dirigi-me para o mesmo supermercado que o primo José. No meio do caminho, no mesmo banco da praça, nos encontramos.
- O que foi primo? - perguntou José
- Vou comprar mortadela também. Vai cai bem com uns pães que tenho lá em casa.
- Não precisa. Eu comprei mais do que o necessário para mim. Divido com você. - José separa em duas sacolinhas a mortadela.
- Eu agradeço muito, primo. Vai me poupar uma boa caminhada.
Com a mortadela dividida e devidamente separada. Convidei o primo José para ceiar na minha casa. Então botamos o papo em dia, bebemos néctar de frutas e estreitamos os laços. De maneira que começamos a comer todos os dias no mesmo horário: pães, mortadela e beber néctar de frutas.