O Idealista da Internet
Nilton tinha o plano de levar para sua comunidade carente, acesso à internet, mas isso era muito difícil, por ele se tratar de um pobre agente de serviços concursado e não ganhar mais de um salário mínimo.
Também não possuía conhecimento de como montar um provedor. Mesmo assim sabia que o via rádio era o mais viável, já que poderia se investir em antenas que receberiam o sinal, ao invés de gastar uma dinheirama com fio e cabos.
Ele procurou sua tia, que era técnica em enfermagem, porém o marido dela, era eletricista, o que garantia que eles dariam um mínimo de respaldo nos planos de Nilton.
Depois de falo sobre o plano, teve dela a promessa de que falaria com o marido, para que o ajudasse com a montagem do provedor. No entanto, isso seria abaixo das expectativas de ajuda esperada por Nilton, que almejava saber como conseguir dinheiro para comprar os equipamentos.
Então perguntou a seu pai. E para surpresa do idealista, aquele deu uma ótima sugestão. Que ele fizesse um bingo explicando que todo o arrecadado iria para o projeto de trazer internet para a comunidade carente.
Assim, o idealista procurou o que colocar no bingo. Encontrou um micro-ondas, um ventilador e uma bicicleta. Como não pretendia arrecadar muito dinheiro, estes itens seriam o bastante. Após guardado, os itens do bingo, foi para seu computador e começou a confeccionar as cartelas. Primeiro fez uma leva de cem ao preço de oito reais cada uma. Também gastou com o anuncio no carro-de-som e nas caixas que cobriam toda a cidade, gastou cerca de cento e cinquenta reais. Mas compensou, pois em uma semana já vendera a primeira leva e já estava confeccionando a segunda.
Completado a captação dos recursos, Nilton começou a se capacitar a distância para montar e instalar o provedor.
Em poucos dias a comunidade possuía internet sem fins lucrativos onde podiam estudar, se informar, fiscalizar, pedir serviços públicos e privados, além de se entreterem e brincarem por que ninguém é de ferro, não é mesmo?