um num sei o que!
Depois de tantos desenganos.
Será que poderia depois de tudo, no ímpeto espasmódico dizer que é amor?
Quando lembrares que pisamos em matos lamacento para subir no pináculo e fantasiar o silêncio de estar.
Relampejando entre miragens nos enganos da vida, formados na dolorida falta de afetos, de justiça, compaixão e solidariedade do mundo.
Já se sentia caminhando sozinho e alhures do ser. Será que seria capaz de esquecer o ter, em alguma esquina sem armário embutido e jogar no lixo. Depois desembrulhar a palavra abraçar, ética, autoestima, respeito.
Que tempo vivemos em que a religião, a ideologia vigente é a da grana.
Deus foi empacotado e trocado por dinheiro. Precisamos comprar sem o “porque”.
Alimentar-se, de sabor sem saber e sem o saber; consumir é a ordem!
Eu só queria umas gotículas de amor