OLAVO - O VILÃO QUE NUNCA FOI
(Dedicado ao Poeta Olavo)
Nos subúrbios cariocas reza uma lenda urbana, que até hoje assusta as mocinhas recém brotadas na adolescência. Pais preocupados com a virgindade de suas filhas, começaram a divulgar que um tal de Olavo, perseguia a meninas novinhas com a libido em ebulição e lhes roubava beijos não desejados, só que o Olavo das histórias inventadas, não era velho Olavo, vô da Sofia, da Isabela e do João Pedro, este era afável, beijoqueiro por carinho pelos netos e justo pela fama de beijoqueiro, certas pessoas começaram a achar que o velho Olavo era o 'roubador de beijos' que atacava as mocinhas aí a vida dele virou um inferno. Se ia na padaria e mocinhas estivessem por lá, a volta dele se abria um clarão, se ia ao barbeiro no caminho ouvia ao longe...BEIJOQUEIRO!!!!
Foi levar os netos para brincar na pracinha e apesar de cheia, no banco escolhido só ele sentou, ele achava tudo estranho, até que resolveu indagar ao pipoqueiro seu amigo de longa data, o motivo de estarem lhe tratando de modo tão esquisito. Seu amigo lhe contou a lenda que estava rondando por ali e que nem ele, sabia onde aquilo começara, mas, orientou que ele não se preocupasse que isso logo passaria, pois inverdades não se sustentam. Olavo o vô bonzinho e que não roubava beijos, ao contrário distribuia de graça e com prazer à sua família, netinhos e amiguinhos, resolveu não investigar nada sobre o assunto, pois no 'cartório' não tinha culpa mesmo.
Só que na festinha de aniversário de João Pedro, uma menina foi retirada da festa pela mãe, logo que ela descobriu que o nome do avô do menino era Olavo...um total absurdo, então, o vô querido e inocente resolveu acabar com aquilo de forma contundente e definitiva.
Com a ajuda de um dos genros, Fábio, pai de Isabela, arrumou uma aparelhagem de som e um microfone e arrastando um carrinho de mão com banco e a parafernália, fez na praça de banco um palanque, ligando o som da caixa e acionando o microfone começou o seu discurso de defesa, para uma culpa que na real não tinha.
- Sou Olavo, o vô Olavo, beijoqueiro familiar, amado por minha família e amigos.
Não sou um tal personagem, Olavo 'O Roubador de Beijos', que alguém querendo proteger suas filhas inventou. Não preciso roubar beijos de mocinhas recém entradas na puberdade, os meus beijinhos de puro carinho, distribuo dentro do meu lar àqueles que amo. Parem de me perseguir ou se afastar de mim. Se querem respostas, vão buscar quem começou esta invencionice. Se querem proteger suas filhas e filhos, sejam pais vigilantes, amorosamente atentos e principalmente não comprem ideias sem respaldo, pois divulgar coisas inverídicas pode afetar a vida de um inocente cidadão e vô super feliz, tenho dito.
Foi aplaudido pelas pessoas que foram se aglomerando à sua volta e pelos que lhe conheciam.
Saiu de lá de cabeça erguida, empertigado arrastando seu palco particular e chegando à casa, foi recebido com muitos beijinhos dos netos e abraços carinhosos pois a notícia do seu 'protesto' já tinha chegado por lá.
Parece que deu certo, lenda urbana ou não, soube desta história entre um conhaque e uma pinga, entre um torresmo e uma coxinha no bar do Ernesto, que jura por detrás do seu balcão, que tudo foi verdade.
(Dedicado ao Poeta Olavo)
Nos subúrbios cariocas reza uma lenda urbana, que até hoje assusta as mocinhas recém brotadas na adolescência. Pais preocupados com a virgindade de suas filhas, começaram a divulgar que um tal de Olavo, perseguia a meninas novinhas com a libido em ebulição e lhes roubava beijos não desejados, só que o Olavo das histórias inventadas, não era velho Olavo, vô da Sofia, da Isabela e do João Pedro, este era afável, beijoqueiro por carinho pelos netos e justo pela fama de beijoqueiro, certas pessoas começaram a achar que o velho Olavo era o 'roubador de beijos' que atacava as mocinhas aí a vida dele virou um inferno. Se ia na padaria e mocinhas estivessem por lá, a volta dele se abria um clarão, se ia ao barbeiro no caminho ouvia ao longe...BEIJOQUEIRO!!!!
Foi levar os netos para brincar na pracinha e apesar de cheia, no banco escolhido só ele sentou, ele achava tudo estranho, até que resolveu indagar ao pipoqueiro seu amigo de longa data, o motivo de estarem lhe tratando de modo tão esquisito. Seu amigo lhe contou a lenda que estava rondando por ali e que nem ele, sabia onde aquilo começara, mas, orientou que ele não se preocupasse que isso logo passaria, pois inverdades não se sustentam. Olavo o vô bonzinho e que não roubava beijos, ao contrário distribuia de graça e com prazer à sua família, netinhos e amiguinhos, resolveu não investigar nada sobre o assunto, pois no 'cartório' não tinha culpa mesmo.
Só que na festinha de aniversário de João Pedro, uma menina foi retirada da festa pela mãe, logo que ela descobriu que o nome do avô do menino era Olavo...um total absurdo, então, o vô querido e inocente resolveu acabar com aquilo de forma contundente e definitiva.
Com a ajuda de um dos genros, Fábio, pai de Isabela, arrumou uma aparelhagem de som e um microfone e arrastando um carrinho de mão com banco e a parafernália, fez na praça de banco um palanque, ligando o som da caixa e acionando o microfone começou o seu discurso de defesa, para uma culpa que na real não tinha.
- Sou Olavo, o vô Olavo, beijoqueiro familiar, amado por minha família e amigos.
Não sou um tal personagem, Olavo 'O Roubador de Beijos', que alguém querendo proteger suas filhas inventou. Não preciso roubar beijos de mocinhas recém entradas na puberdade, os meus beijinhos de puro carinho, distribuo dentro do meu lar àqueles que amo. Parem de me perseguir ou se afastar de mim. Se querem respostas, vão buscar quem começou esta invencionice. Se querem proteger suas filhas e filhos, sejam pais vigilantes, amorosamente atentos e principalmente não comprem ideias sem respaldo, pois divulgar coisas inverídicas pode afetar a vida de um inocente cidadão e vô super feliz, tenho dito.
Foi aplaudido pelas pessoas que foram se aglomerando à sua volta e pelos que lhe conheciam.
Saiu de lá de cabeça erguida, empertigado arrastando seu palco particular e chegando à casa, foi recebido com muitos beijinhos dos netos e abraços carinhosos pois a notícia do seu 'protesto' já tinha chegado por lá.
Parece que deu certo, lenda urbana ou não, soube desta história entre um conhaque e uma pinga, entre um torresmo e uma coxinha no bar do Ernesto, que jura por detrás do seu balcão, que tudo foi verdade.