NIDINHO NA TERRA DE SIMÔA
NIDINHO NA TERRA DE SIMÔA
Personagens:
Nidinho
Tempo
INTRODUÇÃO
O autor aborda nessa história, as origens da cidade e a importância da mulher que foi Simôa Gomes de Azevedo. Onde a personagem sai da sua zona de conforto para uma aventura na zona rural em busca de conhecimento, e é através da meditação que ele entra em contato com seres da natureza, inclusive O TEMPO personagem místico e enigmático que se apresenta para ele e tira-lhe as dúvidas sobre a verdadeira origem da cidade de Garanhuns. Tudo isso com muita clareza e verdade, mas também com um pouco de humor.
Parte 1
Quadro 1
– Nossa como ficou massa meu novo visual.
– Só me falta agora ser protagonista da minha própria obra. Sabe vou dar um giro por aí.
Quadro 2
- Como será que se deu o início da nossa cidade? Resolve sentar-se a margem de um lago, e percebe que alguém esqueceu uma vara de pescar.
Quadro 3
Daí começa a aventura para conseguir um peixe.
- Ops! Acho que peguei um grande.
Quadro 4
- Quem vem de lá? Pergunta Nidinho
Enquanto isso passava por ali um velho esquisito e misterioso.
- Eu sou o Tempo, disse ele.
Nidinho achou muito estranho alguém com tal nome, mas pensou este deve ser o dono da vara.
E deve conhecer a história que para mim ainda é um mistério.
Quadro 5
O senhor Tempo permaneceu em silêncio, mas foi por pouco tempo. E logo começou a falar.
- Caro Nidinho não pude deixar de ouvir na minha mente os seus pensamentos, e percebi que tem interesse de saber da história de sua cidade, como também de suas raízes e seu desenvolvimento ao longo dos anos.
Quadro 6
- Sim claro, não sei como pode ouvir meus pensamentos mas vamos ao que interessa; pode me contar, como realmente aconteceu?
- Claro que posso, mas não se apresse, pois, a pressa só atrasa o tempo, que já é pouco e todo mundo o quer. Bem.... No princípio era o verbo e o ...
Quadro 7
- Calma aí sô; só quero que me conte sobre a cidade e suas origens.
- Está bem Nidinho, escute e preste muita atenção: aconteceu lá pelos meados de 1720, quando Domingos Jorge Velho, interessou-se pelas terras chamadas de seis marias e recebeu das mãos do governador na época, como prêmio por ter destruído o quilombo dos palmares.
– Até aí tudo bem, mas o que ele fez depois com tanta s terras?
– Bem Nidinho, aconteceu que Domingo Jorge Velho, partiu da capital para se apossar das terras e encontrou muitos índios cariris da tribo de Garanhuns que aqui viviam inclusive encontrou também muitos lobos guarás ou guiras e também muitos anuns, o que evidentemente deu origem ao nome da cidade, “ GARANHUNS”.
-- Mas quem foi Simôa afinal?
-- Como eu estava lhe falando, Domingo Jorge Velho Construiu sua cabana conhecida como Tapera do Garcia. Calma Nidinho, já sei o que está pensando, as Índias eram muito bonitas sim, tanto que; o filho de Domigo Jorge Velho; chamado de Sena, foi atraído pela beleza de uma delas, tiveram um caso amoroso do qual engravidou e deu origem a mestiça e lendária, Simôa Gomes.
-- Que história de amor linda, então eles casaram?
-- Não meu caro, foi, mas atração de momento.
Mas tarde a bela jovem mestiça, “Simôa Gomes” casou-se com Manoel Ferreira de Azevedo de quem ficou viúva e dona legítima de todas as terras, a maioria coberta por cafezais. Certo dia cedinho ela acorda de bom humor, e fazia a doação de grande parte das terras para a confraria da irmandade católica.
-- Seu tempo se ainda restar um tempinho me diga, o que fizeram depois com tantas terras.
Bem Nidinho, deu-se início a construção da igreja matriz no povoado de Santo Antônio, passando a se chamar de Tapera do Garcia ou Sítio Garcia; para Vila de Santo Antônio ou Povoado de Santo Antônio.
-- Afinal quando foi que esse vilarejo passou a ser cidade?
Caro Nidinho, foi exatamente no dia, 04/02/1879; quando o Vilarejo de Santo Antônio passou a chamar cidade de Garanhuns, tendo como primeiro Prefeito eleito com 104 votos, o coronel “ Antônio da Silva Souto”.
Em fim qual a data que devemos comemorar o aniversário de Garanhuns?
No dia 04 de fevereiro de 1879, o vilarejo passou a cidade pela lei que teve como autor o deputado Silvino Guilherme de Barros, só que em virtude da câmara dos deputados estar em recesso na época a referida lei... só foi vigorada a partir de 10 de março de 1879, portanto é essa a data que comemoramos.
FIM