INDESEJÁVEL ENCONTRO
INDESEJÁVEL ENCONTRO
Estou no meio de um trânsito infernal, bem as dezoito horas!
Quando me levantei, feliz por ter consciência de que “hoje” nós nos encontraríamos, percebi que o sol estava meio distante... Daí, sua luz era fraca, impercebível e seus raios, não atravessavam a densa neblina. Mas, pouco liguei. Porém, desde que acordei e por todo o dia, - embora eu estivesse feliz pelo nosso terceiro encontro - eu o percebi “triste”!
Não fiz muito esforço no meu trabalho. Só pensava no nosso encontro, depois das dezessete, hora em que ela deveria me esperar, assim que atravessasse …
Paro num sinal. “- O que terá acontecido a ela?”
Havíamos marcado nosso “terceiro encontro” naquela avenida. Lembro-me bem de que, em nossa conversa por telefone, sendo muito cauteloso, a aviara:
- Tome cuidado! Só atravesse no sinal... ali é muito movimentado!
Ah, terceiro encontro!
Desobedecendo as leis de trânsito, ligo várias vezes para o seu Celular. Entro num túnel e perco o sinal.
Ah, terceiro encontro!” Seria hoje!
Alguém, - pois, não havíamos contado a ninguém sobre nosso começo (o terceiro seria) de namoro, ligou. Falou-me sobre o Pronto Socorro em tom desesperador, mas, não entendi suas palavras. Apenas, sobre o atropelamento e que estava sob cuidados médicos e daí, a ligação caiu. Desde aquela hora, tenho tornado ao número mas, só dá caixa postal.
Ah, terceiro encontro!
Quando cheguei, o quadro me surpreendeu. Ela estava morta e eu ainda não estava acreditando no acontecido. Ainda ontem, seu sorriso era o mais belo do mundo; seu beijo, o mais caloroso!
Entre os parentes que a cercavam e o pranto, numa demonstração de revolta, eu, único desconhecido, quase não podia chorar. Chorar e se lamentar pelo amor perdido!
Olharam-me apenas. Como revelar quem eu era? Como escolher, entre as pessoas que choravam desesperadas, uma, para dizer quem eu era?
Ah, indesejável encontro!
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Solano brum
Esse narrativa é ficção.