DIÁRIO DE UM BRASILEIRO
A vida como não deveria ser, mas não é?
O CORONEL E O SENADOR
Coronel Juvêncio grande fazendeiro e ricaço da região vendo que seu filho Juvêncio Junior não queria nada com a vida, não queria estudar, nem servir a pátria foi, pois foi dispensado por excesso de contingente deixando-lhe com grande preocupação. Outro dia matutando o Coronel Juvêncio lembrou-se logo de seu grande amigo e hoje Senador da República, Prudêncio Canavieira o qual sempre o ajudou nas eleições orientando seus trabalhadores que em dia de votar deveriam levar sua foto e seu número para que ninguém errasse na hora de consagrar na urna o voto ao amigo Coronel. Era apenas um lembrete, quem não cumprisse ficava desempregado.
Coronel Juvêncio sem perder tempo ligou para o Senador para tentar arrumar um emprego para seu filho vagabundo que não gostava de estudar.
- Senador Prudêncio, aqui é o Coronel Juvêncio, aquele que não se esquece do Senhor nas eleições.
- Coronel Juvêncio, que alegria em conversar com o Senhor, aproveito para lhe agradecer pelos votos que arrumou na última eleição. – Disse o Senador com um sorriso largo.
- Não foi nada Senador, meu povo já sabe o que fazer quando eu mando. – Responde o Coronel Juvêncio demostrando alegria em seu sorriso amarelo.
- Mas meu amigo Coronel Juvêncio em que poço lhe ajudar, faça seu pedido que vou resolver agora mesmo. – Responde o Senador tentando ser simpático.
- Senador é meu filho Juvêncio Junior, eu quero arrumar uma ocupação pra ele, pois o danado vem me dando muito trabalho. – Disse o Coronel Juvêncio meio desolado.
- Não se preocupe Coronel, vou providenciar hoje mesmo uma ocupação para o Junior. Mas vou logo lhe avisando agora nesse momento eu não tenho um cargo bom pra ele, mais vou ver o que poço fazer, vou ligar para o Senhor assim que ajeitar o emprego. – Diz o Senador com altivez em sua fala.
- Eu vou lhe agradecer e pode contar com meu povo nas outras eleições, viu Senador. – Responde o Coronel com alegria em seus olhos.
Passam-se uns dias e o Senador liga para o Coronel Juvêncio:
- Coronel Juvêncio, já ajeitei o emprego para seu filho, quando ele pode vir.
- Senhor Senador de quanto é o salário? – Pergunta o Coronel.
- Como falei para o Senhor neste momento não temos coisa muito boa, mais dar para quebrar o galho, o salário é de dez mil reais. – Responde o Senador.
- Não quero um que ganhe tanto assim não? Meu filho é muito folgado, se arrumar um emprego desse ele nunca mais vai querer estudar, vê se o Senhor arruma um que ganhe menos. - Diz o Coronel meio assustado com o salário oferecido.
- Tudo bem Coronel, mas tem que esperar um pouco, depois ligo para o Senhor. – Diz o Senador meio descabreado.
Passam-se mais alguns dias e o Senador liga para o Coronel:
- Coronel agora acho que acertei, arrumei um emprego para seu filho e o salário é de seis mil reais, vou logo adiantando para o Senhor analisar com precisão e me responder.
- Também não pode ser este não? Senhor Senador, meu filho é um vagabundo que não gosta de estudar e vive aprontando nas noites com farra e mulher. Quero um que ganhe menos. – Responde o Coronel com voz firme.
- Tudo bem Coronel vou falar com meu assessor depois ligo para o Senhor sobre outro emprego, tudo bem. – Diz o Senador já meio chateado com a recusa do Coronel.
Passam-se mais outros dias e o Senador liga para o Coronel:
- Coronel agora não tem jeito, este emprego que arrumei vai se encaixar bem para o Junior, o Senhor vai gostar. – Diz o Senador demostrando alegria.
- Mais o salário desse novo é de quanto Senhor Senador? - Pergunta com sinceridade o Coronel.
- Este que arrumei agora Coronel é o menor salário que temos e o Junior nem precisa trabalhar o dia todo, é só meio expediente. O salário é de três mil reais. – Diz o Senador tentando agradar o Coronel.
- Acho que o Senador não entendeu, meu filho é um vagabundo, não gosta de estudar e trabalhar, eu quero que o Senhor arrume um emprego que ele ganhe um salário mínimo e que trabalhe para valer, só assim irá dar valor nas coisas. – Diz o Coronel com voz altiva.
- Mais um emprego assim que ganhe pouco, eu não consigo não Coronel? O Junior para arrumar um emprego assim tem que estudar muito, se formar, fazer pós-graduação, mestrado, doutorado e ainda fazer concurso público para ser Professor ou outro cargo parecido, só assim ele consegue ganhar tão pouco. – Diz o Senador desolado por não poder atender o amigo Coronel Juvêncio com um emprego para seu filho desnaturado Juvêncio Junior.
Este texto surgiu após nosso amigo de trabalho James contar esta história corriqueira que sempre acontece em nosso meio político.
O CORONEL E O SENADOR
Coronel Juvêncio grande fazendeiro e ricaço da região vendo que seu filho Juvêncio Junior não queria nada com a vida, não queria estudar, nem servir a pátria foi, pois foi dispensado por excesso de contingente deixando-lhe com grande preocupação. Outro dia matutando o Coronel Juvêncio lembrou-se logo de seu grande amigo e hoje Senador da República, Prudêncio Canavieira o qual sempre o ajudou nas eleições orientando seus trabalhadores que em dia de votar deveriam levar sua foto e seu número para que ninguém errasse na hora de consagrar na urna o voto ao amigo Coronel. Era apenas um lembrete, quem não cumprisse ficava desempregado.
Coronel Juvêncio sem perder tempo ligou para o Senador para tentar arrumar um emprego para seu filho vagabundo que não gostava de estudar.
- Senador Prudêncio, aqui é o Coronel Juvêncio, aquele que não se esquece do Senhor nas eleições.
- Coronel Juvêncio, que alegria em conversar com o Senhor, aproveito para lhe agradecer pelos votos que arrumou na última eleição. – Disse o Senador com um sorriso largo.
- Não foi nada Senador, meu povo já sabe o que fazer quando eu mando. – Responde o Coronel Juvêncio demostrando alegria em seu sorriso amarelo.
- Mas meu amigo Coronel Juvêncio em que poço lhe ajudar, faça seu pedido que vou resolver agora mesmo. – Responde o Senador tentando ser simpático.
- Senador é meu filho Juvêncio Junior, eu quero arrumar uma ocupação pra ele, pois o danado vem me dando muito trabalho. – Disse o Coronel Juvêncio meio desolado.
- Não se preocupe Coronel, vou providenciar hoje mesmo uma ocupação para o Junior. Mas vou logo lhe avisando agora nesse momento eu não tenho um cargo bom pra ele, mais vou ver o que poço fazer, vou ligar para o Senhor assim que ajeitar o emprego. – Diz o Senador com altivez em sua fala.
- Eu vou lhe agradecer e pode contar com meu povo nas outras eleições, viu Senador. – Responde o Coronel com alegria em seus olhos.
Passam-se uns dias e o Senador liga para o Coronel Juvêncio:
- Coronel Juvêncio, já ajeitei o emprego para seu filho, quando ele pode vir.
- Senhor Senador de quanto é o salário? – Pergunta o Coronel.
- Como falei para o Senhor neste momento não temos coisa muito boa, mais dar para quebrar o galho, o salário é de dez mil reais. – Responde o Senador.
- Não quero um que ganhe tanto assim não? Meu filho é muito folgado, se arrumar um emprego desse ele nunca mais vai querer estudar, vê se o Senhor arruma um que ganhe menos. - Diz o Coronel meio assustado com o salário oferecido.
- Tudo bem Coronel, mas tem que esperar um pouco, depois ligo para o Senhor. – Diz o Senador meio descabreado.
Passam-se mais alguns dias e o Senador liga para o Coronel:
- Coronel agora acho que acertei, arrumei um emprego para seu filho e o salário é de seis mil reais, vou logo adiantando para o Senhor analisar com precisão e me responder.
- Também não pode ser este não? Senhor Senador, meu filho é um vagabundo que não gosta de estudar e vive aprontando nas noites com farra e mulher. Quero um que ganhe menos. – Responde o Coronel com voz firme.
- Tudo bem Coronel vou falar com meu assessor depois ligo para o Senhor sobre outro emprego, tudo bem. – Diz o Senador já meio chateado com a recusa do Coronel.
Passam-se mais outros dias e o Senador liga para o Coronel:
- Coronel agora não tem jeito, este emprego que arrumei vai se encaixar bem para o Junior, o Senhor vai gostar. – Diz o Senador demostrando alegria.
- Mais o salário desse novo é de quanto Senhor Senador? - Pergunta com sinceridade o Coronel.
- Este que arrumei agora Coronel é o menor salário que temos e o Junior nem precisa trabalhar o dia todo, é só meio expediente. O salário é de três mil reais. – Diz o Senador tentando agradar o Coronel.
- Acho que o Senador não entendeu, meu filho é um vagabundo, não gosta de estudar e trabalhar, eu quero que o Senhor arrume um emprego que ele ganhe um salário mínimo e que trabalhe para valer, só assim irá dar valor nas coisas. – Diz o Coronel com voz altiva.
- Mais um emprego assim que ganhe pouco, eu não consigo não Coronel? O Junior para arrumar um emprego assim tem que estudar muito, se formar, fazer pós-graduação, mestrado, doutorado e ainda fazer concurso público para ser Professor ou outro cargo parecido, só assim ele consegue ganhar tão pouco. – Diz o Senador desolado por não poder atender o amigo Coronel Juvêncio com um emprego para seu filho desnaturado Juvêncio Junior.
Este texto surgiu após nosso amigo de trabalho James contar esta história corriqueira que sempre acontece em nosso meio político.