Despedida

Há tantas maneiras de se despedir. Com dor, com raiva, com rancor, com desprezo. Há uma nova maneira que também penso ser possível: Com amor.

O amor que trás vontade de te ver feliz de verdade, junto à felicidade que sempre buscou. Que siga caminhos retos e que pare de tentar ser esperto com criaturas de QI elevado.

Despeço-me dizendo que és responsável pela semente de amor verdadeiro que explodiu em meu peito

A semente da felicidade de estar no caminho certo.

Despeço-me de bem com a vida. De já ter alguém que me ama de verdade.

Superior e inatingível.

Despeço-me quando retorno ao meu nível social, de onde nunca devia ter saído.

Há pessoas agora em minha vida que “alisou muito o traseiro” no banco da escola.

Que de lá saíram doutores com CREA e tudo.

Despeço-me com o alívio de não sustentar mais o “seu peso morto” que me forçava a andar pra trás. Afinal eram quase 100 quilos de vagabundagem e isso incomodava mais que um elefante num fusca.

Despeço-me finalmente em paz com Deus e com os enganados que você deixou.

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A Regina Michelon
Enviado por A Regina Michelon em 16/05/2008
Reeditado em 28/11/2012
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