Carta para o que não foi
Eu me entreguei de verdade.
Com palavras, com atenção, com meu tempo, com minhas expectativas.
Eu abri espaço pra alguém entrar, criei esperança, me imaginei vivendo o encontro.
Esperei. Fui paciente. Sugeri. Sonhei.
E do outro lado vieram palavras. Emoções soltas. Desejos mornos.
Mas quando era hora de agir, de aparecer, de fazer valer, ele sumia. Se escondia em desculpas.
E por mais que eu tentasse entender,
cada “não posso”, “depois a gente vê” doía.
Porque eu sou mais que uma conversa de celular.
Sou presença. Sou entrega. Sou emoção real.
Então hoje eu escolho parar.
Não por orgulho, mas por amor-próprio.
Não por raiva, mas por respeito ao que eu mereço.
Se ele não soube me encontrar,
eu vou me reencontrar.
Com tudo o que tenho, com tudo o que sou.
Com minha intensidade, com minha luz — que nunca dependeu de ninguém pra brilhar.
E um dia, quem sabe, alguém vai chegar e me ver por completo, que vai ficar. Vai agir. Vai fazer por merecer.
Eu sigo minha vida, mais forte, mais certa do meu valor.