Poeira

Mesmo cedo,

me vou tarde.

Não fico mais

que o tempo

que me foi dado.

Gastei as horas

que eu ja não tinha mais,

quando os dias

tão breves e

no momento em que

uma folha de mim

já se desprendeu.

E como o livro antigo

esquecido no canto

da velha e empoeirada

estante da vida,

Tenho histórias

em páginas surradas,

Algumas não lidas

que envelhecem a sós

Me vou sem alarde,

embora eu ache cedo,

mas vou tarde.

Levo os arremedos

que me foram permitidos.

mas deixo-te,

a poeira do poema

em que me tornei.

Tiquinho
Enviado por Tiquinho em 22/08/2024
Código do texto: T8134568
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.