1 café com Ana no lago de Luz!
Ela: "o corpo humano não foi criado para o mal".
Minha reação ao ouvir a afirmação frasal dEla foi: com o coração pulsando sensibilidade, feito cão inebriado passando a língua nos beiços e fazendo do rabo, um pêndulo lânguido, fiquei de 4 ao lê-la. Foi uma mistura de relâmpagos incendiários e ribombos de trovões; quando não, mar proceloso. Naquele instante, Eu era um náufrago irracional perdido na ilha do tudo ou nada.
Após tomar fôlego e colocar-me sobre duas patas, preferindo ser o que sou, ou seja, nada, completei: "contudo, digo Eu, a mente não foi criada para o mal, pois tudo nasce em seu interior, expande para o exterior e tanto o que nasceu, quanto o que expandiu, morrem no coração."
Será que mandei bem no café virtual? Espero ser convidado para outros; outros encontros sem despedidas. Por que os cisnes que sobrevoavam o lago, bateram em retirada; sobrando apenas o cardume de peixes, o qual, oferecíamos as nesgas de pães molhados, grãos e cereais; e o rebuliço das águas denotavam a avidez dos cardumes.
Não sei o que Ana pensou sobre a experiência vivencial, mas para mim ficou a lição que nem tudo que nasce na mente, morre no coração.
Bem, o fato de nascer ou morrer, não nos deixou ansiosos ou preocupados, ademais porque, se o ambiente aquático estava festivo e iluminado, ficou ainda mais...; foi o que notamos ao voltarmos para o Recanto.
Ela ficou por lá, tomando café e escrevendo; e solto de mim, Eu continuai o desprendimento. Divagando pensei que amar é alcançar o coração do outro com bons atos; e caso disponha de tempo e benevolência, ponha-os dentro de uma caixinha cheia, abarrotada de felicidade!
Embrulha-la com papel de presente e lacinho de fita, é mero adorno. Às vezes a rusticidade é sinal de simplicidade; e o simples alcança, atinge o imaginário, bem mais que o requintado.
A saber, imaginar é magia que Druida, nenhum, dá a receita dos ingredientes usados na poção. Bem, por não ser Druida encantador, muito menos, adivinhador, nesta declaro o que não visto por fora, mas sinto por dentro: paz, esperança, fraternismo. Ninguém deve ser menos daquilo que se crê; logicamente, quando se crê no bem; que fique bem entendido.
O belo e o feio, amor e ódio, não é nada mais e nada menos, mas a medida certa para cada ponto de vista. O belo, não sou tão afeito; mas o quesito amor, é o que mais prezo; melhor se vier sem dor.
Carta fantasia escrita, recado alegoria dado. Agora quem vai sou Eu...; Ana foi para o Recanto e não me pergunte para onde Eu irei; só sei que vou..., acocorar em qualquer canto.
Vou sem olhar para trás, sem purpurinas coladas no corpo suado; mas comendo macaxeira, sem eira e nem beira, seguirei obstinado.
Adeus Ana, adeus lago de luz, adeus cisnes e peixes, orvalho em relva molhada, adeus clarão de noite enluarada; adeus!
Há homens no céu e deuses na Terra; ou o contrário? Há deuses no céu e homens na Terra? Seja o que for, como e quando for, definitivamente, adeus!
Lamento Ras gado
- Óia cumpadi TeuBaudi, com o tempo, tudo na vida cansa, uai!
- tô com sinhô, cumpadi; e proseio mais: tem hora quinté vivê fadiga a gente.
- Minino, muié, tudo, tudim, cumpadi.
- Vô mi inu; dê lembraça prá cumadi Améla.
- Tá lembrado, cumpadi; mas num é Muié de verdadi, mais não, sinhô!
- Os tempo, cumpadi; os tempo. É dele quinóis tamo falando.
- Tinha mesquecido: é messs! Vô chegano, lembrança tumbém prá cumadi Benvinda! Inté otra incruziada.