De um Detento para a sua Mamãe

Hoje, segundo domingo de maio, dia especialmente dedicado a você, está liberada para comemorar a data. Por favor, não venha visitar-me na detenção. Ainda tenho um pouco de comida e materiais de uso pessoal. E os seus netinhos, todos estão com saúde? Graças a Deus!

Nesta data ano que vêm, estaremos juntos e misturados, gargalhando, churrasqueando na lage, fazendo traquinagens e o pancadão troando nas caixas. Mainha, embora distante de ti, porém sentado em seu colo em imaginação e sentimentos, prometo não chorar.

Domingo que vêm, em ato presencial solene, receberás dois abraços; contudo Mamãe, nessa data tão bela, tão expressiva para quem é geradora de vida, espero abraça-la em 2024. Já comecei contar os segundos para o encontro no próximo domingo; até lá. Te amo!

De seu filho que não seguiu os seus conselhos e muito menos, espelhou-se em seus exemplos: Valdevino. Perdoe-me e a sua benção, Mainha!

P.S.: para não gerar mais constrangimentos, arrependimentos e lágrimas, fui breve nas palavras, porque os anos correspondentes ao cumprimento da pena a mim imposta, serão demasiadamente longos.