Frente a frente
Submerso
Eu saio para viajar,
- O que faço, sempre -
Viajo.
Retorno;
E por 72h,
Permaneço viajando.
Por favor,
Cheguei agora.
Ponha o gato, o cão, a calopsita,
Ponha o Lula,
Quem quiser pra dentro,
Todavia, deixe-me surfando,
Levitando,
Viajando,
Lá fora.
Muito agradeço!
P.S.: fora Bolsonaro, genocida;
Volta logo Lula, ex-detento, derrubador e construtor de estádios para os gringos golearem por 7 contra o mísero um,
Investidor em futebol.
Te amo, favela!
Viu, ainda estou submerso nas praias,
Cachoeiras,
Montanhas,
Desjejum abundante,
Iguarias nobres,
Arrebois crepusculares,
E no povo hospitaleiro que encontro nas estradas.
Desculpe-me os escravos do sistema,
Mas boa vida é curtição fundamental;
Colírio para as vistas,
Faz bem para o corpo,
Aquieta o espírito.
Te amo, favela!
Vamos ao conto:
levantei a tampa do vaso e dei de olhos nos olhos de um toco de jacaré esquálido, esbranquiçado, quase desfeito. Trazia na bocarra escancarada uma montoeira de dentes cerrilhados. Coisa horripilante!
Desculpei-me com o monstrengo pelo descuido, desci a tampa, acertei-a bem sobre o vaso e saí do ambiente, desapontado; pois não era o que Eu esperava nessa manhã de domingo, pleno prenúncio de almoço em família.
Cemitérios e banheiros são reais, verdadeiros; gente, qualificados como humanos, é farsa.
P.S.: da série os Cemitérios e banheiros são ambientes socializados e não os pertence, quem não cheira bem com vossos adores, perfumes e aromáticas flores.