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Ahh! Eu poeta!
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Escuta-me...
Eu - poeta - amo densamente,
beijo perdidamente,
entrego-me loucamente...
 
Nada me é pequeno,
pois vejo muito em pouco -
da alegria à amargura,
tudo é encanto ou drama em excesso!
 
Ser apaixonado - temo a morte livre
pela simples ausência do viver
e tremo ao amor que não é livre
- simplesmente -
por medo tolo de sofrer...
 
A mim - poeta - nada em nada
permanece no meio,
pois tudo é início ou fim!
 
Ignoro o Ódio e temo o Amor,
porque, ornada de poesia
perpetro a palavra em ilusão,
ou um verso em flor;
porque, somente poeta
faço do adeus uma saudade,
ou um desejo eterno de morrer.
 
Passarinho forro - cobiço voar
pelo simples sonho de ser livre
e rejeito a prisão que não seja
- u n i c a m e n t e -
a dos braços da pessoa amada...
 
Eu - poeta-sonho - sofro.
Eu - poeta-razão - morro.
Sou completude insana!
 
Pelo engano de cobiçar o céu
em sua plenitude
rejeito-o pela metade
e, por não dominar a arte
de ser um a dois,
escolho a solitude!
 
Se, nessa busca egoística,
desentendo a flor-mulher
que em mim habita,
por inteiro - despetalo -
mas, ao depois,
sugo a seiva nutriz
da verde cor dos meus olhos
e, por inteiro - refloresço -
nos meus poemas...
 
Perdoa, se penso e te amo!
Perdoa... mas sou poeta!
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Com meu amor e carinho,
Sílvia Mota
Cabo Frio, 12 de dezembro de 2008 – 15h43
Carta poética enviada

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Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 14/10/2018
Reeditado em 30/05/2019
Código do texto: T6476134
Classificação de conteúdo: seguro
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