CARTA PÓSTUMA PARA A PROFESSORA BELIZA ÁUREA

O que posso escrever nesta carta?

Como dizer-lhes a dor que você me causou.

Quando em uma noite de abril, o seu sorriso se apagou.

Essa data 16.04.18 para sempre me marcou.

Uma dor, aonde tudo começou.

A saudade de suas aulas em mim ficou.

A saudade de seu abraço, em mim você tatuou.

A saudade de seus conselhos, de sua essência...

Jamais irei esquecer toda a sua gentileza.

Gentileza essa, transmitida no olhar.

No sorriso sincero.

Até no seus próprios gritos.

Eu conseguia, enxergar um amor verdadeiro.

Aiiiiii! Que vontade de gritar.

Que vontade chorar...

Que vontade de voltar no tempo.

E poder te abraçar.

Como dói a dor da saudade.

Como dói olhar o tempo e não te ver mais.

Como dói, continuar sabendo que fisicamente, você não está.

Porém, um vislumbre de alegria em mim começa a brotar.

Pois, sei que em minha alma você viverá.

Quando pego em um livro de literatura popular.

Nas entrelinhas do mesmo, em cada linha.

Consigo te encontrar.

Em cada cordel eu vejo a força que você quis me dar.

Nos contos e nas cantigas de amigos.

Presentes na literatura portuguesa.

Consigo ver e sentir o seu amor pela docência.

Hoje, sou docente e foi você que lapidou minha mente.

Aiiiii! Que saudade de ouvir-te chamar-me de GPS.

Um pseudônimo simples que em mim puseste.

Mas, é da simplicidade que nasce a beleza das coisas inexplicáveis.

O que posso dizer-te nessas linhas.

Minha nobre e amada professora Beliza.

A não ser muito obrigada, pois em cada aula.

Me mostrasse a como seguir a vida.

Me ensinastes a ser forte...

A ser determinada...

A ser grata...

A ser feliz...

A viver...

A amar-te...

Porém, tenha certeza, mesmo com sua partida tão repentina.

Eu sempre seguirei seus conselhos.

Sempre te agradecerei por tudo e por tanto...

Sempre levarei você comigo.

Como uma joia de estimado valor.

Como um diamante que Deus me confiou.

Como uma professora amada.

Mas, principalmente, com você.

Sempre fazendo parte de minha vida.

Muitíssimo obrigada, professora Beliza Áurea.

Glauciene Carvalho
Enviado por Glauciene Carvalho em 25/09/2018
Reeditado em 25/09/2018
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