Inverno - Donzela do Gelo
Querida Gaveta Falante,
Minhas provisões para o inverno acabaram, e o fantasma que me segue exige vingança. Minha alma torturada, minhas crenças desabam, estou frágil como criança.
Quem sabe uma alma possa me cuidar? Essa minha alma imatura e frágil que vive a se apavorar?
O Rei está morto! Quem matou o rei? Diga-me! Antes que a loucura me mate.
O que farei do que fizeram de mim? Serei ou não?
Talvez dormir seja melhor. A espada pesa na bainha, como irei sacá-la? Chegou minha hora e não poderei vacilar, me sinto um camelão na frente do espelho. Que cor deverei assumir? Se não me decidir, talvez seja melhor sumir.