(English version after the one in Portuguese)
CARTA PARA MEU POVO
Amigos, além de um novo ano, claro que todos sabem que começa com Rosh HaShannah o que chamamos de "Days of Awe" - os dez Dias de Assombro que precedem Iom Kippur.
Ao pensar no que fizemos de errado, como nação e como indivíduos, o que mais se sobressai aos meus olhos, é: O QUE FIZEMOS COM NOSSOS FILHOS?
Essa geração esquerdopata, self-hating, antissionista que aqui está não surgiu do nada. Surgiu de dentro dos nossos lares. Como sempre, começo comigo mesma, porque não há como ter autoridade de opinião a não ser que você apresente suas credenciais no assunto:
Depois de tudo o que ensinei aos meus filhos, apenas um deles se professa como judeu. Contudo, nenhum deles se tornou politica, social e culturalmente contra o Judaísmo, apenas contra quaisquer "ismos".
Segundo eles, eu fui rígida demais. Então para eles, "Judaísmo", religião, se tornaram “coisas da mamãe”.
Não criei meus três maiores. Pelo contrário, eles cresceram nos países do Oriente e Oriente Próximo sendo bombardeados com "sua mãe é uma bruxa judia. Uma pecadora, uma destruidora, inimiga dos santos do Senhor Jesus". Eles vieram para mim apenas aos 18 e 19 anos - a menina aos 26. E a batalha por eles afetou profundamente os dois menores.
Com tudo isso, meus filhos rejeitaram quaisquer "ismos" políticos ou religiosos. Mas vejam bem: todos eles dariam o próprio sangue para defender Israel e os judeus. E por que seria isso? Isso é porque, para eles, Israel e Judaísmo são sinônimos de "mamãe". E eles dariam (e já deram) a vida por mim.
Sozinha, no meio de uma comunidade totalmente cristã e/ou ateísta, eu fiz o que pude. Mantive as velas do Shabbat acesas através das décadas, as festividades, as rezas, mesmo durante os terríveis anos em que levei-os, todos os domingos, à igreja batista, enquanto usava o poder internacional dela para buscar por meus três sequestrados.
Em casa - ao levantar, ao sair à escola, ao dormir - eu lhes repetia: não se esqueçam do que são. E discutíamos os preceitos cristãos que eles aprendiam sob a luz da Torah. O resultado?
O resultado são cinco criaturas de quem me orgulho, incapazes de se voltar à esquerda ou à direita dos preceitos da Halachah, a mesma Halachah que eles rejeitam como sendo apenas mais um "ismo". Como? E por quê?
Porque ela está enraizada na mente deles. Porque ela é sinônimo de "mamãe". É sinônimo das velas de Shabbat, da mesa de Pessah, das Sukkot que construíamos juntos todos os anos. Dos jogos de dreidl, dos nigunim. Das danças (todos eles conseguem equilibrar uma garrafa na cabeça com perfeição!). E cada vez que um deles fez algo errado, ou faz, eles morrem de vergonha.
Agora, não sou nenhuma fortaleza. Nenhuma perfeição. A maioria dos que me conhecem pela Internet me considera uma completa shmuk sem noção. Mas eu sou, gente. Porque sou, e sempre fui, apenas uma mãe sozinha.
Mas então digam-me, se eu consegui fazer de meus filhos cinco judeus íntegros, mesmo se quatro deles nem se consideram judeus a não ser sob pressão, onde estavam os pais desses moleques esquerdopatas de hoje, esses jovens judeus que apoiam comunistas e a entrega da Judeia e Samaria para os muçulmanos que se chamam de “palestinos”?
Eu nunca pude fazer muito - só manter os fogos acesos dentro de casa, e por décadas às escondidas. Será que o resto da minha geração fez o mesmo?
A resposta é NÃO. E é por isto, e APENAS POR ISTO, que a nova geração queima a bandeira ou se alia a quem o faz.
Podem se zangar, mas não é patriotismo o que mantém as gerações firmes. Um homem pode se esquecer de tudo ao renegar ideias e "ismos". Mas, a não ser que sua mãe tenha desgraçado a si mesma como mãe, ELES NUNCA VÃO SE ESQUECER DA SUA INFÂNCIA, e nunca renegarão o amor com que as tradições e a Bíblia lhes foram transmitidas.
O que há de errado com essa juventude esquerdopata? A mãe deles FALHOU. É - as mães da minha geração. O pai deles também falhou, por não estar lá para ajudar a mãe.
Então, quando vocês forem rezar durante esses dez Dias de Assombro - se é que rezam! - peçam perdão pelo que nós, os da nossa geração, fizemos. Se Israel está em perigo agora, não é culpa do mundo, nem de governos. Essa situação existe desde a fundação do mundo.
Se Israel, se nossa cultura judaica, está agora em perigo, A CULPA É NOSSA.
ENGLISH VERSION
A LETTER TO MY PEOPLE
Friends, of course everyone of you knows that with Rosh HaShannah it begins the ten Days of Awe which precedes Iom Kippur.
As I think about what have we done wrong as a Nation and as individuals, what comes to my attention is WHAT HAVE WE DONE TO OUR CHILDREN.
This Leftist self-hating and anti-Zionist generation of Jews we have now didn´t come out of the void. It came from our own homes. As I always do, I´ll begin with myself, because the only way to have any authority to give an opinion is to present your credentials to do so.
After everything I´ve taught my children, only one of them professes to be Jewish. However, none of them became against Judaism, be it politically, socially or culturally. They just are against any kind of “isms”.
According to what they say, I was too rigid. So “Judaism” and religion became “mom´s stuff” to them.
I didn´t bring my three older children up. They grew up in East and Middle East countries, bombarded by “your mother is a Jewish witch, a sinner, a destroyer, the enemy of Jesus´ people”. They came back to me only at 18 and 19 years of age – the girl at 26. And my battle for them deeply affected the two younger ones.
With all of that, my children rejected any kind of political or religious “isms”. But take notice: all of them would give their own blood do defend Israel and the Jews. And why is that? That´s because Israel and Judaism are synonymous to “mom”. And they´d give their very lives for me. And they´ve done it already.
Alone in the midst of an entirely Christian and Atheistic community, I did what I could. Throughout the decades, I´ve kept the Shabbat candles lit, and the celebrations and the prayers, even during those terrible years in which I took them to church every single Sunday, since I used the power of the Baptist Church to search for my kidnapped children.
At home – when they got up, went to school, went to bed – I´d repeat, “don´t forget who you are”. And we´d discuss what they were learning at the light of the Torah. And what was the aftermath?
The aftermath is five creatures whom I´m proud of, incapable of turning to the right or to the left from the Halachah´s precepts, that same Halachah they reject as being only one more “ism”. How come? Why?
Because it´s deeply ingrained in their minds. Because it´s synonymous to “mother”. It´s synonymous to the Shabbat candles, the Pessah table, the Sukkot we built together every year. It´s synomymous to the games of dreidl and the nigunim. To the dances (each one of them can balance with perfection a bottle in their heads!). And at every time one of them would do something wrong, they´d feel ashamed.
Now – I´m not strong. I´m not perfect. Most of the people who know me through the Internet thinks I´m a total clueless shmuck. But I am, people! Because I am and always have been just a lonely mom.
But tell me then, if I was able to bring up five Jews of righteous characters, even if four of them don´t even consider themselves Jews but under duress, where were the parents of those Leftist kids of today, those young Jews who support Communists and support the giving of Judea and Samaria over to the Muslims who call themselves “Palestinians”?
I was never able to do much – I just kept the fires going at home, even secretly for decades. Did the rest of my generation do the same? The answer is NO. And for this reason, and for this reason only, this new generation burns our flag and ally themselves to those who do.
You may get mad at me, but it´s not patriotism that keeps the generations. A man may forget everything as he throws ideas and “isms” away. But unless his mother completely disgraced herself as a mother, HE WILL NEVER FORGET HIS CHILDHOOD and will never forget the love with which the traditions and the Bible were taught to him.
You ask, what´s wrong with this Leftist youth? I tell you what´s wrong: their mothers FAILED. Yes – the mothers of my generation failed. The fathers also, since they weren´t there to help the mothers.
So, as you pray during those ten Days of Awe – if you pray, that is – please ask forgiveness for what we, the ones of our generation, have done to our children. If Israel is now in danger, it´s not the world´s fault or the government´s fault. This kind of situation exists since the foundations of the world.
If Israel and our Jewish culture is now in danger, IT´S OUR OWN FAULT.