Segunda-feira, 11/7/2016
Muriel, por trás das palavras
Antonio Feitosa dos Santos
Tenho apenas um aninho, aliás completei no dia vinte de junho próximo passado. Meu nome é Muriel, sou a única netinha que os meus avós têm até o presente momento.
Comecei a observar que esse senhor de bigode cheio, parecendo desbotado, mas não é, são apenas alguns pelos brancos mesclados com pelos castanhos. Olhando mais de perto e puxando-os, vi que não eram implantados é dele mesmo.
Desde pequenininha que ele me pega no colo, às vezes até me cansa com tantos beijos e abraços. Mas não largo dele. Aprendemos a brincar juntos, com bonecos, carrinhos, joguinhos e animais da floresta, segundo ele, então não posso dispensar quem está sempre comigo, creio que aprendi a gostar dele por demais.
Ponho o dedinho em mim e lhe digo Muriel. Aponto para ele e falo vô, vovô, creio que ele gosta, porque espalha um sorrisão naquele rosto, um pouquinho cansado pelo tempo, mas eu o acho charmoso.
Ele me aponta os quadros de arte sobre a parede da sala. Nossa! São muitos, eu curto cada um deles, são lindos, quanto mais vejo, mas admiro, creio que são as cores a chamar minha atenção. Quando ele não me mostra, aponto e logo estou em seus braços para vê-los de pertinho.
Para mim ele tornou-se um achado muito importante na minha vida. Se eu pudesse estaria sempre com esse, que aprendi a chamá-lo de vô. Ainda não descobri porque ele se chama vô, mas não tenho dúvida, aos poucos vou descobrindo tudo sobre a sua vida.
De mim ele sabe tudo, acho, pois já não tenho segredos para com ele.Vou a sua casa com meus pais, fico o dia inteiro a brincar, nos divertimos demais. Quando os meus pais falam vamos embora, ele desce comigo até a garagem, então minha mãe me pega colocando-me na cadeirinha, sobre o banco traseiro do carro do meu pai.
Espero que ele também entre, mas o vô não vem comigo. Por isso tenho chorado ao ver que ele ficou lá fora.
Meu pai dá a partida e eu choro mais ainda. Aqui para nós, vô faz uma falta danada. Não vejo a hora de encontra-los novamente. Espero que esse tal de tempo não demore tanto a passar, pois não quero ficar longe deles por períodos alongados.
Isso é só um resumo do que sentimos um pelo outro. Meu vô e minha vó são formidáveis. Embora eu brinque mais com o meu vô, sei que minha avó tem uma paixão por mim sem limites. Eu adoro eles. Um dia vou falar isso de viva voz. Todos vamos dizer bem alto: nós nos amamos.
Fiquem sempre com Deus, mas como Ele está em todas as partes ao mesmo tempo, veio comigo também. Boa noite meus vôs. Será assim que se escreve?
Muriel – Por: Feitosa dos Santos
Rio, 10/07/2016
Muriel, por trás das palavras
Antonio Feitosa dos Santos
Tenho apenas um aninho, aliás completei no dia vinte de junho próximo passado. Meu nome é Muriel, sou a única netinha que os meus avós têm até o presente momento.
Comecei a observar que esse senhor de bigode cheio, parecendo desbotado, mas não é, são apenas alguns pelos brancos mesclados com pelos castanhos. Olhando mais de perto e puxando-os, vi que não eram implantados é dele mesmo.
Desde pequenininha que ele me pega no colo, às vezes até me cansa com tantos beijos e abraços. Mas não largo dele. Aprendemos a brincar juntos, com bonecos, carrinhos, joguinhos e animais da floresta, segundo ele, então não posso dispensar quem está sempre comigo, creio que aprendi a gostar dele por demais.
Ponho o dedinho em mim e lhe digo Muriel. Aponto para ele e falo vô, vovô, creio que ele gosta, porque espalha um sorrisão naquele rosto, um pouquinho cansado pelo tempo, mas eu o acho charmoso.
Ele me aponta os quadros de arte sobre a parede da sala. Nossa! São muitos, eu curto cada um deles, são lindos, quanto mais vejo, mas admiro, creio que são as cores a chamar minha atenção. Quando ele não me mostra, aponto e logo estou em seus braços para vê-los de pertinho.
Para mim ele tornou-se um achado muito importante na minha vida. Se eu pudesse estaria sempre com esse, que aprendi a chamá-lo de vô. Ainda não descobri porque ele se chama vô, mas não tenho dúvida, aos poucos vou descobrindo tudo sobre a sua vida.
De mim ele sabe tudo, acho, pois já não tenho segredos para com ele.Vou a sua casa com meus pais, fico o dia inteiro a brincar, nos divertimos demais. Quando os meus pais falam vamos embora, ele desce comigo até a garagem, então minha mãe me pega colocando-me na cadeirinha, sobre o banco traseiro do carro do meu pai.
Espero que ele também entre, mas o vô não vem comigo. Por isso tenho chorado ao ver que ele ficou lá fora.
Meu pai dá a partida e eu choro mais ainda. Aqui para nós, vô faz uma falta danada. Não vejo a hora de encontra-los novamente. Espero que esse tal de tempo não demore tanto a passar, pois não quero ficar longe deles por períodos alongados.
Isso é só um resumo do que sentimos um pelo outro. Meu vô e minha vó são formidáveis. Embora eu brinque mais com o meu vô, sei que minha avó tem uma paixão por mim sem limites. Eu adoro eles. Um dia vou falar isso de viva voz. Todos vamos dizer bem alto: nós nos amamos.
Fiquem sempre com Deus, mas como Ele está em todas as partes ao mesmo tempo, veio comigo também. Boa noite meus vôs. Será assim que se escreve?
Muriel – Por: Feitosa dos Santos
Rio, 10/07/2016