CARTAS A UM JOVEM POETA

“CANTA MEU NETINHO”

No domingo último, após postar, no sábado, uma poesia intitulada “REVELAÇÕES”, recebi o comentário de um jovem poeta, (elogio) (por razões óbvias, não posso revelar o nome e ele sabe de quem falo), o qual me deixara muito comovido.

Não o conhecia no Recanto das Letras.

Então, entrei em sua página e lá estavam três belíssimos sonetos, sinceramente, ultrapassando as fronteiras dos conhecimentos sobre “futuro, ou de todas as inspirações sobre o amor e demais assuntos”.

Nesse instante, me lembrei do meu passado. Uma época em que eu ainda caminhava a passos lentos no meio literário, - Confesso, que foi com muito esforço que consegui publicar um soneto, num Jornal de cunho altamente político, numa época temerosa sobre o A I – 5, mas que, a Colunista, após editar sua reportagem, sobrando espaço, presenteou-me com a publicação – quando, um amigo fez um comentário após ler o que ela havia lido: “CAMÕES FOI O QUE MAIS FALOU SOBRE O AMOR”, e concluiu enfaticamente – quase não deixou nada para nós; assim mesmo, falamos de amor - “como disse o jovem Poeta de quem vos falo - “O AMOR… SEMPRE ELE A NOS INSPIRAR ... ” - no entanto, encontramos inspirações sobre esse sentimento que nasce a todo instante em nossos corações!

Este amigo, também escrevia poesias e estava no Rio, como eu, estudando, morando numa Quitinete, com seus seis amigos, vindo de outros Estados desse maravilhoso Pais, o qual podemos chamar de Terra “ABENÇOADA” o que seria, a meu ver, s.m.j., “PROMETIDA” a Moisés.

Pois bem. Ha muitos anos atrás, quando eu contava com uma primavera aquém da sua, (falo a quem me fez os comentários) entusiasmado com os belos textos de CECÍLIA MEIRELES, lhe escrevi uma carta.

Infelizmente, naquela época, não tínhamos a facilidade de nos comunicar tão rapidamente com alguém, quanto hoje. Minha carta lhe chegou as mãos; e, minha surpresa maior foi depois de alguns meses. A excelsa e renomada Poetisa mandou-me a resposta. Peço desculpas a você, jovem Poeta, por não ministrar nesta, o conteúdo do texto enviado, posto que, já se passaram muitos anos e naquela época, eu me encontrava na Cidade de Cachoeiro do Itapemirim – Esp. Santo

A esta pequena Cidade, faço comentários no Conto “PROCISSÃO DOS HOMENS”, no Recanto das Letras.

Após a minha chegada à Cidade da Guanabara, eu a perdi, porém, um comentário feito por ela, à minha pessoa, permanece até hoje em minha cabeça, a qual, empolgando-me na ocasião, me fez acreditar no que de mais importante dediquei em toda a minha vida – Escrever meus Poemas – e que agora, com muito orgulho – sei que se ela fosse viva, não contestaria minha nobre atitude - passo-a para você, meu jovem poeta, como o título acima.

Solano Brum