Meu amor
Tenho medo de perguntar por ti. E não faço. Mesmo assim as notícias me chegam.
Sabendo notícia ruim, fico triste e angústiada por não mais te proteger, como antes fazia: de assombração, dos pesadelos e, até de bala perdida. Angústia de não estar ao teu lado segurando a tua mão, quando sente dor.
Sabendo notícias boas: Sinto ciúme. Ainda.
Poderia ser eu? É a pergunta vazia que me ecoa e se perde sem resposta.
Poderia ter sido melhor, se estivesse ao meu lado, ou pelo menos mais saudável, é o primeiro pensamento que me vem a cabeça.
Saúde é o bem maior que se deseja a quem se ama. Mas não se pensa em saúde sem felicidade.
LIBERDADE te pareceu mais importante. Um sentimento vazio e solitário como o abandono.
A fase da confusão da dúvida de voltar pra ti, acabou. Já estava mesmo na hora de dizer ADEUS em definitivo. Não é mais um tempo. É para sempre.
Dói. Dói sim. Este sentimento doí dorcido, sangra em jato, e me faz perder as forças.
Foi muito custoso o tempo e a trabalheira que a ti dediquei, em nome do amor infinito que senti.
As vezes, quando sinto dor, medo e angústa, tenho vontade de gritar teu nome. De te chamar ao abraço. A dor física dói mais sem a tua presença.
Desloco meu pensamento para o que acredito que me alegraria, desejo algo impossível e vou a sua busca. Só de teimosia consigo alcançar.
Isso prova que sou forte, e que seguirei em frente.
Adeus. Adeus para sempre.
Como vai você? Isso não me sai da cabeça.