MENSAGENS DRAMÁTICAS DE CELULAR...

Perdoe-me, mas após a nossa última e demorada conversa por telefone, eu pude pensar melhor e resolvi que, a partir de agora, terei que fugir de você mais do que nunca. Até porque, se não for para te flertar ou pra te cobrir de galanteios, eu não terei mais nenhum outro assunto contigo. Bom, pelo menos nenhum assunto tão relevante.

Não conseguirei mais te enxergar somente como uma amiga. Conheço os meus limites. Nesse momento estou carente de um sentimento verdadeiro e posso confundir, até mesmo um sorriso sincero, com um sinal de SIM. Por outro lado, pretendo nunca mais nessa vida sofrer por ninguém, um sacrifício inútil e que, neste caso, pode ser evitado a tempo.

Como havia dito antes, você é apenas um sonho bom na minha vida. Infelizmente, tenho que acordar para a realidade. E a minha realidade, sem nenhuma outra opção, chama-se Kezia, com todas as suas falhas. É aquele velho ditado, ‘ruim com ela, pior sem ela’.

Mas como você mesma disse, ‘não troque o certo pelo duvidoso’, lembra-se? Ok! Seguirei seu conselho. Ou talvez, não. Se eu não voltar atrás, devido a raiva que aquela infeliz me fez passar ontem.

Enfim, bom ano novo e felicidades pra você!”

...

Hoje, quarta, dia 02, você me ligou e eu estava com ela. Tive que disfarçar. Somente me apaixonando por outra garota, de verdade, conseguirei esquecê-la de vez.

Ela comentou sobre a sua encenação. Mesmo sendo enganada, acredite: Ela sequer ficou enciumada! Ou ela não gosta de mim o suficiente, ou você não foi bem na sua atuação. Acredito mais na primeira hipótese.

Ah, eu te libero do compromisso de vir aqui em casa. Sei que você não queria mesmo. Não se preocupe mais com isso, tá legal? E lembre-se que continuarei com o mesmo pensamento de sempre, de ser um homem de uma mulher só. Vi em você a chance de ser feliz e de te fazer feliz também, já que nem sempre somos correspondidos à altura.

Se você entendeu tudo que eu disse aqui, poderá compreender também essa minha atitude. Beijos, minha linda, daqueles que nunca hei de te dar!

Paulo Seixas, 29/12/2012