Carta Infinita de Amor II
Maringá, 16 de março de 2010.
Um ano se passou...
E eu recordo-me até hoje...
Em uma bela tarde primaveril, encontrei-me em um rápido abraço aconchegante, mas que por fim, recordo-me até hoje...
Fico horas e horas repetindo a mesma cena em minha memória, repetição tanta que se repetira tantas vezes a ponto de se tornarem incontáveis.
Certas vezes me pego a pensar: “Por que fostes tão cedo? Por que razão tivera que acontecer isso? Por que não tive coragem o suficiente?”
Mesmo sem resposta, continuarei sempre a esperar-te o tempo que for necessário, contarei todos os amanhecer que durante este tempo terei comigo apenas tua ausência, porém não signifique a ausência completa, pois te guardo em meu coração sempre, independente do que vir a ocorrer.
Em todos os dias do verão passado dei por mim à procura de teu rosto no meio das multidões, sei que era impossível, mas não conseguia conter-me. Cheguei a ir a lugares adoráveis como ver o sol alpino iluminando a imensidão azul do mar, mas que traziam de alguma forma a tua lembrança, sentia um aperto em meu coração que me abalava por inteira.
E era só a aurora da manhã chegar que todas as coisas pareciam inúteis, não tinha sentido nenhum continuar só, pois era como eu sentia-me todas as manhãs.
Jamais pude pensar que um dia aconteceria isso, eu com essa avassaladora saudade, que continua a matar-me por dentro, como um verão devastado, agora é somente sofrer no frio do inverno em plena primavera...
Ó saudade sem fim, que acalenta minha alma, me devora ao pôr-do-sol enquanto a estrela alígera adormece em paz, sinto falta e como sinto, daquele seu olhar esplêndido, que carregava consigo a luz da constelação inteira luzindo ao mesmo tempo e de seu sorriso a fazer-me acalentar.
E de suas histórias, sim, daquelas em que você era o principal protagonista, e contava com uma sutileza de querubim, em que hoje desconheço histórias belíssimas como as suas.
As manhãs sem você se tornam noite inquieta, em que vivo como uma assoleada na escuridão de meus pensamentos, que se tornam cada vez mais em angústias que agonizam os meus dias.
Queria que soubesse que tudo se torna mais difícil quando a saudade se contrapõe e se dispõe em assustar-me, mas eu sei que um amor como esse ultrapassa barreiras, entendimentos, lógicas e inclusive à distância.