A CORRIDA DA VIDA
Acordo e labuto por anos em ritmo alucinado
Saúde em risco - dobrado
Sou indivíduo da metrópole
No caminho do trabalho penso em minha mãe
Lembro do aniversário de Maria Eduarda, nas contas que estão por vir, em obrigações a cumprir...
As folhinhas do calendário voam como pássaros, porém sem interrupção
O sábado amanhece, o domingo entardece
As horas de pouco descanso se vão
Eu voltarei a ouvir o mesmo som, a sinfonia urbana
Metrô a trafegar, carros a buzinar
Pessoas em sua intimidade questionam a corrida da vida
Que nos traz amigos,amores e desamores, descendentes
Os anos da nossa vida a se desgastar
Com a velocidade dos cílios a pestanejar
o que fazer ? o que pensar?
Não quero correr, não quero passar
Me basta vencer, transformar, ficar e amar
Aqui ou acolá.