Mais um "perdoa-me"

A verdade é que estou tão chateada. Minha vontade é a de abandonar os nossos 15 minutos de história, assim como você fez, mas não posso faze-lo, simplesmente porque entendo seus motivos e sei que eles não significam, necessariamente, que não tiveram importância no decorrer dos nossos ponteiros. A culpa é minha, reconheço, e talvez esse reconhecimento seja o meu melhor argumento para me submeter a esse desgaste de lhe convencer a não me tirar de sua vida; você merece o sacrifício, estou te devendo.

Queria, porém, que parasse para me ouvir, queria que perguntasse suas incertezas, ou o que já consideras tão óbvio, a mim, queria que não ter perdido sua confiança; não posso te culpar por suas reações de autoproteção. Sabe, hoje me ocorreu uma lembrança engraçada e quis lhe contar, mas não pude, pois queria distância de mim, do meu nome, de meu perfume; então lembrei, e isso me incomodou bastante, que talvez você não estivesse tendo boas lembranças e me senti culpada por deixar-te na mão, de fato eu sei que eu dava-te um apoio e um conforto fundamental e que, se agora não tem com quem contar, a culpa também é minha.

Talvez eu não tenha mesmo o que me explicar, só gostaria que ouvisse, de verdade, meus pedidos de desculpas, são de coração. Perdoa-me; perdão pelo o que te fiz pensar, pelo o que te fiz passa, por causar-lhe desconfiança. Perdão por não ter mantido a consideração mútua que tínhamos.