O discurso

Prego minha caneta neste virtuoso papel

Para lhes dizer que minha marca já não os encontra mais.

O manchado carimbo de minhas paixões

O grosso calibre da desilusão

Ainda peregrinam enganados no tardio seleto

Da minha cansada languidez

Meu formoso oscilar

E drama tão tortuoso

De minha condenação sepulcral

Desintegra-me tão rudimentar

Oh! Meu povo! Que por muito

Senti e teus corações me aprisionavam

Na pior das masmorras!

Em que a iminência da concretização

Me torna tão vulgar

Perdoam-me por minha demagogia

E permitam ressoar outra vez

O breve e excêntrico

Tocar das harpas

Da genuína fé na irmandade.

Dangerous
Enviado por Dangerous em 17/03/2013
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