Templo
Estou perdido, cansado.
Não quero mais saber do amor.
Escrevo para desabafar um sonho que tive – ou inventei – só para tentar encarar,
Enfrentar minha solidão que agora se torna forte.
Corto meus pulsos para tentar me enganar, furo meu peito com a faca para me animar.
Me perco em sexo, drogas e álcool para esquecer, sou completa desilusão.
Tenho medo de te ver.
Fumo teu cigarro para te esquecer, cada trago é um dia.
Fumo três maços para me perder.
Desejo a cada um que apago, te apagar de mim também.
Perdi meus limites, virei confusão,
Não sou mais paixão,
Estou sentado na beira do suicídio em vão.
Tenho medo e estou sozinho, assombrado pela companhia de suas memórias sem um final feliz, fico só.
E você vai para os braços de outro, me largando sem saber o que fazer... E eu sinto sua falta.
Fico com meu desespero, sorrio para mentir, minha risada é falsa, meu olhar nunca mais foi para seus olhos, pois sei que vão me condenar.
Estou castrado, sozinho como solista de violino.
Já não sinto amor, estou deprimido,
Já não sinto mais paixão, meu coração está só,
Estou podre por dentro, e é só isso que sinto.
Ainda te amo, te desejo, te quero só pra mim,
Mas sou cheio dessas neuras, psicoses,
Em um momento sou o puro caos querendo tudo e todos, já em outros...
Em outros sou isso, me sinto a solidão encarnada.
Choro e uma lágrima escorre nessa selva de sonhos que me encontro,
E o único templo perdido que tem é você...
Só você.