Um dia inesquecível
Querido Amigo,
Primeiramente julguei que este fosse um dia um tanto triste. Afinal, há alguns anos, perdi o trabalho a que tanto me dediquei e minha vida e todos à minha volta mudaram. Eu também aprendi muito. Caminhei quilômetros por esta cidade para poder sobreviver e só encontrei rostos gentis, mas logo cansados, quando lhes pedia alguma ajuda. A diferença é a compreensão do que Jesus deseja para cada pessoa. Aprendi a agradecer, mesmo em lágrimas, diariamente..
Mas, quero falar de hoje. Que belo almoço. Minha casa não está bonita. Os móveis estão velhos e feios. Porém, a mesa esta linda! Coloquei a melhor toalha. Fiz o que eu podia. Eu não sou uma excelente cozinheira. Tudo, porém, com carinho, fica mais gostoso. Além disso, as flores, ao centro - escolhi girassóis – davam uma beleza única, apesar do dia chuvoso, a luz emanava dos rostos. Jamais uma refeição em família pode ser substituída. Por isso, agradeço pelo presente que tenho: viver verdadeiros domingos. Parece que os anjos bailavam por todo lado, ao som do fundo musical. A atmosfera era tão colorida que a casa parecia um hino de louvor ao Criador. Em uma das paredes, minha mãe – no retrato em grafite – parecia dizer: Obrigada, filha!
Logo chegou meu filho, Alessandro. Ele é sempre muito atencioso. Porém, hoje superou-se. Trouxe uma torta maravilhosa para a sobremesa. Junto com ele, vinha Bia e o pequeno Noah e algumas sobrinhas, ruidosas, como pássaros a alegrarem o ambiente. Nada separa quem se ama. Até pensei que meu irmão viesse, a Carolina, o Gabriel, a Carla e todos. Ocorre que tinham outro almoço, cativando suas atenções.
Terminou tarde o almoço, todos conversavam. Meu filho, com o riso leve e franco, mostrava a graça de sempre e a alegria de ter escolhido esta casa tão cheia de seu próprio valor, de suas palavras sempre boas, da força que sempre me dá. Ele é um excelente continuador da alma de seus antepassados. Nasceu com a mãozinha fechada. Porém, está sempre cheio de doçura e não tem um só dia de pura compreensão, com a mão aberta e estendida a todos.
Este dia reflete o quanto é importante o que cativamos e pelo somos responsáveis. A consciência pura do que representa a família e a presença de Deus em minha casa. O que importa que – há anos – o que narrei não aconteça. Eu vivi cada momento do que lhe contei. A futilidade de outras formas de se viver sob o mesmo teto não tem explicação.
Meu amigo,
Queria dizer-te muito mais. Mas o sonho passou. A verdade está a meu lado. Ouço a voz o silêncio. Caminhos percorridos, por atalhos que me levaram ao limiar pleno da solidão. Percorro os cômodos deste apartamento e – neles – vejo a sombra que construí e que se transformou em areia que escorregou pelo meus dedos. O mar de lembranças, no entanto, as transforma em realidade.
Sua amiga de sempre,
Querido Amigo,
Primeiramente julguei que este fosse um dia um tanto triste. Afinal, há alguns anos, perdi o trabalho a que tanto me dediquei e minha vida e todos à minha volta mudaram. Eu também aprendi muito. Caminhei quilômetros por esta cidade para poder sobreviver e só encontrei rostos gentis, mas logo cansados, quando lhes pedia alguma ajuda. A diferença é a compreensão do que Jesus deseja para cada pessoa. Aprendi a agradecer, mesmo em lágrimas, diariamente..
Mas, quero falar de hoje. Que belo almoço. Minha casa não está bonita. Os móveis estão velhos e feios. Porém, a mesa esta linda! Coloquei a melhor toalha. Fiz o que eu podia. Eu não sou uma excelente cozinheira. Tudo, porém, com carinho, fica mais gostoso. Além disso, as flores, ao centro - escolhi girassóis – davam uma beleza única, apesar do dia chuvoso, a luz emanava dos rostos. Jamais uma refeição em família pode ser substituída. Por isso, agradeço pelo presente que tenho: viver verdadeiros domingos. Parece que os anjos bailavam por todo lado, ao som do fundo musical. A atmosfera era tão colorida que a casa parecia um hino de louvor ao Criador. Em uma das paredes, minha mãe – no retrato em grafite – parecia dizer: Obrigada, filha!
Logo chegou meu filho, Alessandro. Ele é sempre muito atencioso. Porém, hoje superou-se. Trouxe uma torta maravilhosa para a sobremesa. Junto com ele, vinha Bia e o pequeno Noah e algumas sobrinhas, ruidosas, como pássaros a alegrarem o ambiente. Nada separa quem se ama. Até pensei que meu irmão viesse, a Carolina, o Gabriel, a Carla e todos. Ocorre que tinham outro almoço, cativando suas atenções.
Terminou tarde o almoço, todos conversavam. Meu filho, com o riso leve e franco, mostrava a graça de sempre e a alegria de ter escolhido esta casa tão cheia de seu próprio valor, de suas palavras sempre boas, da força que sempre me dá. Ele é um excelente continuador da alma de seus antepassados. Nasceu com a mãozinha fechada. Porém, está sempre cheio de doçura e não tem um só dia de pura compreensão, com a mão aberta e estendida a todos.
Este dia reflete o quanto é importante o que cativamos e pelo somos responsáveis. A consciência pura do que representa a família e a presença de Deus em minha casa. O que importa que – há anos – o que narrei não aconteça. Eu vivi cada momento do que lhe contei. A futilidade de outras formas de se viver sob o mesmo teto não tem explicação.
Meu amigo,
Queria dizer-te muito mais. Mas o sonho passou. A verdade está a meu lado. Ouço a voz o silêncio. Caminhos percorridos, por atalhos que me levaram ao limiar pleno da solidão. Percorro os cômodos deste apartamento e – neles – vejo a sombra que construí e que se transformou em areia que escorregou pelo meus dedos. O mar de lembranças, no entanto, as transforma em realidade.
Sua amiga de sempre,