CARTA ABERTA A DOMINGUINHOS - Matéria do Cantinho do Zé Povo - O Jornal de Hoje - Natal-RN-Ed. 18 Dez 2010
Meu irmão na poesia, Dominguinhos:
É com um prazer, um orgulho e uma felicidade “do tamãe do meu bucho”, que lhe escrevo nessa data, desse espaço destinado à cultura popular nordestina, que me foi gentilmente franqueado pelo Dr. Marcus Aurélio de Sá, há vários “janeiros”... Já tivemos juntos em várias oportunidades. Em São Paulo, onde foi “recebido qui nem um rêis”, por você, no seu escritório; em dois mil e três, quando fui receber meu troféu referente à minha classificação em 6º. Lugar a nível de Brasil, no 2º. Concurso Paulista de Literatura de Cordel, em comemoração aos 450 anos da Cidade de São Paulo. Alí, querido irmãozíin; ganhei três prêmios de uma só vez; se não; vejamos: Ganhei o troféu de 6º. Colocado, em 175 participantes do Brasil e América do Sul; outro prêmio, foi receber esse troféu, das mãos do nosso amigo comum, Rolando Boldrin; e o terceiro e mais importante prêmio, foi ter sido recebido por você, no seu local de trabalho, se não me engano, lá nas proximidades da estação de metrô do Bairro da Liberdade. Depois disso, tive a felicidade de retribuir sua incomensurável gentileza, lhe homenageando na solenidade de entrega do título de Cidadão Natalense a você, na Câmara Municipal de Natal, onde junto com Meirinhos do Forró, Marcos Lopes, Hermano Morais, Zé Moré e outros artistas da nossa cidade, nos deliciamos com seu discurso, feito através de sua sanfona; diga-se de passagem. Você já “tá canso de sabê” do que representa e da sua importância de sua participação na música popular brasileira e nordestina, principalmente. Tocando sanfona, cantando, compondo, contando causos, declamando poemas; você enebria a quantos tiverem essa felicidade ímpar, de estar a seu lado nesses momentos mágicos. Ao seu lado, querido MESTRE DOMINGUINHOS, eu me sinto como uma criança recebendo na noite de Natal, seu brinquedo mais desejado, das mãos do próprio Papai Noel. Naquela oportunidade que estive com você em Sampa, quando fui receber o troféu, de Rolando Boldrin; também o chamei de Mestre; e êle assim me respondeu: Bob Motta, já dizia Guimarães Rosa, que “mestre não é aquele que ensina; mas, quem, de repente, aprende”... E hoje, eu tenho a oportunidade, a felicidade e o orgulho de estar novamente ao seu lado, e dessa vez, realizando um sonho; o de declamar para você, um dos meus poemas matutos, num dos seus shows. E vou fazê-lo no melhor estilo, lá no Forró da Lua, com nosso querido parceiro em favor da preservação das nossas raízes culturais, Marcos Lopes. Às 19:30 hs., se Deus assim permitir, estarei participando desse importantíssimo evento. Obrigado, Dominguinhos! Obrigado por tudo o que você já fez, pelo que você faz e que ainda fará por muito tempo, por nossa música nordestina e por nossas raízes culturais. Duminguíin, vô lhe abraçá,/ amais tarde, in verso meu./ Saiba qui isso é um presente,/ qui Papai do Céu me deu./ Se a minha alegria é báita,/ o orgúio é “fela da gaita”,/ in sê “paricêro” seu... Abraços do seu AMIGO,
Bob