UMA CARTA PARA MIM
Não leiam o que escrevo nestas linhas. Não direi mal traçadas. Não direi mal pensadas. Direi perdidas... Não leiam a minha vida! Não! Não sou poeta e nem pretendo ser. Não sou herói e nem almejo ser. Não sou de muitas palavras. Sou breve. Sou como o vento. Sou como o tempo. Passo e passo e passo sem parar. Por favor não me leiam! Isto é um desabafo apenas. Troças de mim. E sigo como o vento e o tempo. Rápido. Ligeiro. Às vezes inteiro. Por certo... por certo... Não tenho direção e vou e me levam para todos os lugares. Estas linhas poucas e ainda sóbrias se alongaram mais do esperava. É uma carta. Uma carta para mim. E escrevo só e somente só. Silêncio. Murmúrio... Não estou tão só...
É o tempo e é o vento...